domingo, 26 de outubro de 2014

Pombo Gira Menina


Pombo gira Menina

Apenas uma menina que perdeu sua inocência…

Essa menina doce e meiga, de olhar oriental, nasceu em Myanmar (Birmânia), no sul da Ásia, no ano de 1838 – na época uma colônia britânica. Em sua tribo as mulheres não alongavam os pescoços com colares (como na Tribo das Mulheres Girafas), apenas tatuavam a pele quando eram prometidas em casamento para mostrar o compromisso e usavam uma pesada tornozeleira. No seu país todos os nativos eram budistas. Seu nome aqui no Brasil seria algo assim como “Swang Pi”.
Aos nove anos, foi vendida por seus pais a um grupo se soldados britânicos. Eles pensaram que a vida dela seria melhor em outro país, onde ela teria maiores oportunidades. Mas, ela foi comprada para serví-los de todas as formas. Então desde cedo, juntou-se a outras meninas que se tornaram escravas sexuais de seus tutores. Além de cozinhar, lavar e servir, elas deviam manter-se asseadas e bonitas, pois quando eram procuradas deviam estar dispostas a serví-los bem. Foi assim, que com apenas doze anos de idade, Swang já conhecia o mundo dos adultos. Para fugir dessa realidade aprendeu a consumir bebidas e a usar a pinang – uma espécie de planta misturada ao tabaco – que servia como estimulante. Aos treze anos toda a sua noção de vida real havia se perdido e ela vivia entre a bebida, a droga e o sexo. Desencarnou antes de completar quatorze anos, tendo ataques epiléticos, por conta de uma mistura de bebida, noz de areca e outros alucinógenos.
Acordou no Plano Espiritual, em meio a espíritos sofridos, sem saber o que lhe havia acontecido. Uma avó que lhe amava muito lhe socorreu e levou-a a um hospital espiritual. Quando recuperou sua memória e sua decência, quis entender sua trajetória de vida. Pediu para trabalhar com meninas, que assim como ela, perderam toda a inocência antes da puberdade. A partir de então ela passou a visitar diversos lugares no mundo inteiro, onde haviam meninas que passavam pela mesma situação que a sua. Veio parar no Nordeste brasileiro e conheceu as meninas que também se tornavam escravas sexuais desde cedo. Pediu para ficar nesta terra e fazer parte de um novo trabalho. Conheceu a Seara do Caboclo Sete Encruzilhadas e percebeu que poderia ajudar sem ser julgada ou condenada. Poderia ser ela mesma e simplesmente trabalhar… Assim como ela existem outras meninas com suas histórias de dor e sofrimento e que também trabalham como Pombagiras Meninas na Umbanda Sagrada.
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Maria Padilha do Cabaré


Maria Padilha do Cabaré

Ela foi espanhola, foi Rainha dona de castelo e adorava bacalhau, queijos e vinhos, claro que hoje estando evoluída, não mais nessa matéria aceita as oferendas comuns, mas ela é muito fina, sabe bem o que é bom, gosta de jóias, roupas feitas de bons tecidos, adora saia com muitos babados, pois como disse foi espanhola, adora um leque.
Diz a sua história que quando passou pela terra foi dona de um cabaré muito famoso, onde se fez tornar uma mulher marcante na sociedade da época. Amar ? Amou sim, uma vez só e por ter sofrido por um grande amor resolveu não se entregar nunca mais a ninguém. Foi uma mulher bem sucedida e se tornou rica, muito rica… Ela tinha um dom que lhe acompanhava desde menina o dom das cartas o misterioso Futuro no qual ela o adivinhava, este dom vem dos seus antepassados, pois ela vem de uma família Espanhola…
Maria Padilha Rainha do Cabaré, é mais uma das Pombagiras que visam o zelo pelas coisas do coração e do dinheiro.
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Maria Padilha das Sete Encruzilhadas


Maria Padilha das Sete Encruzilhadas

Uma breve história
Núbia estava satisfeita e feliz. Depois de uma misteriosa doença, sua prima, a rainha Velma, havia sucumbido. E ela sabia do que se tratava, fora ela quem, diariamente, pingara gotas de um poderoso veneno nas refeições da soberana.
O caso amoroso que mantinha com o rei Alberto finalmente teria um final feliz. Para ela, claro! Mal pode conter a alegria quando foi notificada da morte da prima. Fez um tremendo esforço para derramar algumas lágrimas durante o féretro, porém seus pensamentos fervilhavam, imaginava os detalhes de sua coroação. Havia o período de luto de no mínimo três meses, mas isso era de menos,
Alberto estava totalmente apaixonado e faria de tudo para casar-se com ela o mais rápido possível.
Aí sim, a glória e o poder que sempre foram daquela tonta seriam dela para frente. Várias vezes tivera que cobrir o rosto com seu lenço negro para que ninguém percebesse o sorriso de satisfação que aflorava em seus lábios.
Terminadas as exéquias, Núbia procurou pelo amante para dizer-lhe que estava pronta para ser sua nova mulher, esperariam o luto oficial e poderiam começar os preparativos para o casamento e coroação.
A reação de Alberto fez seu coração gelar:
- Núbia foi você que matou minha mulher?
Negou peremptoriamente.
Ela jamais teria coragem de fazer qualquer mal à sua prima, mesmo amando seu marido, pelo contrário, perdera noites de sono para permanecer à cabeceira da doente. Como podia ele pensar isso dela?
- Núbia!
- Alberto estava gritando
- A casa tem criados, será que você é tão imbecil que não percebe que eu descobriria?
O desespero tomou conta da mulher, sentiu que a situação havia fugido de seu controle. Jogou-se aos pés do homem implorando perdão:
- Eu te amo demais, não agüentava mais ficar longe de você!
As lágrimas corriam livremente.
- Ela não te amava, sou eu que o amo!
Sem pestanejar, Alberto chamou pelos guardas palacianos e mandou que a levassem a ferros para o porão do castelo onde ficaria até que ele decidisse o que fazer.
Durante três anos permaneceu presa. Chorava muito e amaldiçoava a todos. O pior, porém era o fantasma de Velma que todas as noites a visitava. A imagem da rainha surgia ricamente vestida e a olhava com piedade balançando a cabeça em sinal de desaprovação.
Nesses momentos os gritos que dava ecoavam pelos corredores do palácio. Da bela e arrogante mulher, nada mais restava. Tornara-se um trapo humano.
Um dia veio o golpe fatal. A criada que lhe trazia as refeições informou-lhe que o rei havia anunciado seu casamento com uma jovem duquesa.
As horas que se seguiram a essa descoberta foram de horror, a imagem da rainha falecida permaneceu sentada no fundo do cubículo e não desviava o olhar tristonho de acusação.
Num acesso de fúria avançou sobre o espectro.
Debilitada, tropeçou nas próprias vestes e caiu batendo a têmpora na pedra onde Velma estivera sentada.
Seu espírito vagou por anos. Aprendeu muito e descobriu que havia sido rainha em outras encarnações, mas que nunca fora exemplo de bondade ou compaixão.
Como Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, readquiriu o porte majestoso de antigas vivências e segue em busca de evolução. Sempre que está em terra lembra que há muito a aprender, mas que tem muito a ensinar.
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Maria Padilha de Castella

Maria Padilha de Castella

Maria Padilha
A verdadeira história desta entidade ainda não esta comprovada de fato! Porque devido a várias histórias contadas e publicadas sempre deixa um fecho para inúmeras controversas. Já faz um bom tempinho que venho lendo e pesquisando histórias de Maria Padilha ou ( Maria de Padilha) que vem a ser o verdadeiro nome da amante rainha do Rei de Castela.
A história conta que Maria de Padilha era uma jovem muito sedutora que foi viver no reinado de Castela como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela ( O cruel ) . Sendo que esta moça tinha um tutor e este responsável e tio da bela donzela, que também era herdeira de sangue nobre, devido a influencia de seu pai na corte espanhola.
A lenda conta que D.Pedro de Castela já estava noivo de D. Blanca de Bourbom, uma jovem pertencente a corte francesa, que foi enviada para Castela para casar-se com D. Pedro porque este estava já para assumir o Reinado do pai, no ano 1350.
D. Maria de Padilha e o Rei de Castela depois de apresentados, fulminaram-se de paixão um pelo outro e mesmo as escondidas começaram um grande caso de amor, onde sabiam que jamais seria aceito pela família e tampouco pela corte.
D.Pedro I de Castela, não queria casar-se com D. Blanca de Bourbom , mais este casamento traria excelentes benefícios políticos para a corte Espanhola e Portuguesa.
Dizem que Maria de Padilha, trabalhava na magia com um judeu cabalista e que este a ensinou muitas magias e através destas… conseguiu dominar o Rei de Castela completamente. Conta a história que ela foi uma das grandes responsáveis pelo o abandono ou morte de D. Blanca de Bourbom pelo rei, digo abandono ou morte porque ainda é uma história muito confusa… alguns livros indicam que D. Blanca foi decapitada ao mando do Rei… outros apenas citam que ela foi abandonada por ele e devolvida a sua família na França por ele ter assumido seu amor por Maria de Padilha.
Maria de Padilha de Castela, depois do sumiço de D. Blanca passou a viver com o Rei em seu castelo em Sevilha, palácio que foi construído e presenteado a Maria de Padilha pelo seu amado rei de Castela.
Maria Padilha deu quatro filhos ao rei de Castela sendo que o primogênito morreu em idade tenra.
Ao contrario do que conta muitas histórias publicadas desta grande personagem, Maria Padilha morreu antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, fez com que seu súditos beijassem as mãos do corpo falecido por peste negra e a enterrou nos jardins de seu castelo.
O Rei anunciou ao sei reinado que havia casado com D. Maria Padilha as escondidas e que queria que seu filhos com ela fossem reconhecidos como herdeiros do trono e que a imagem de Maria Padilha diante do povo fosse de uma Grande Rainha.
Um ano mais tarde o rei veio a casar-se de novo, mais nunca escondeu que o grande amor de sua vida tinha sido D. Maria Padilha, os contadores contavam que o feitiço lançado ao rei pela poderosa Padilha seria eterno!
Alguns anos depois o Rei de Castela veio a falecer pelas mão de seu meio irmão bastardo que acabou assumindo o seu posto de Rei de Castela… o corpo do rei deposto foi enterrado a frente da sepultura de sua Amada Rainha Padilha, onde foram construídos duas estátuas uma em frente a outra, para que mesmo na eternidade os amados nunca deixassem de olhar um pelo outro.
Dizem que a entidade de Maria Padilha, na sua primeira aparição, foi em uma mulata no tempo da corte de D.Pedro II no Brasil , onde esta mulata em um sessão da Catimbó… recebeu uma entidade muito feiticeira e faceira que se apresentou com D. Rainha Maria Padilha de Castela e contou a sua história e que depois dela outras Padilhas viriam para fazer parte da sua quadrilha.
Dizem que depois desta anunciação de D. Maria Padilha, ela só voltou mais uma ou duas vezes e que não mais chegaria na terra por sua missão presente estar cumprida, mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas ela ainda permaneceria na terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos… Depois disto, nunca mais ninguém voltou a ver ou assistir a curimba desta poderosa entidade rainha das giras. Há muitos pais de santo e estudiosos que dizem que D. Rainha da Sete Encruzilhada é D. Maria Padilha de Castela, por ter sido ela eleita a Rainha de todas as giras, mais esta desconfiança, ainda não foi esclarecida, nem pelas próprias identidades que trabalham com D. Rainha das Sete Encruzilhadas. Esta desconfiança gerou porque D. Padilha de Castela se titulava Rainha e sempre saudava as sete encruzilhadas, onde morava o seu rei e de onde ela reinava.
“Sou guerreira, bonita e maliciosa… Minha coroa vem de Nazaré! Eu saúdo a Jesus Cristo pois ele é quem me deu o meu trono de fé! dizem que sou mulher de Belzebu, este nem mesmo sei quem é! Sou mulher de quem me de respeito e companheira de Exu Rei e Cipriano e também Exu Tararé!”
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Maria Padilha das Almas


Maria Padilha das Almas

Tereza invadiu a igreja de uma forma como nunca havia feito antes. Não se benzeu e nem ao menos olhou para a imagem de Cristo, que de sua cruz, agonizante, parecia olhar diretamente para ela enquanto avançava pela nave. Precisava falar com o padre Olavo nesse instante, não havia tempo a perder. – Padre! – seu grito ecoou pelas paredes repletas de símbolos aos quais ela sempre dera imenso valor, mas que nesse momento nada mais eram que meras imagens que apontavam-lhe o dedo culpando-a pelo pecado gravíssimo que cometera. – Padreee! A voz subira de tom a ponto de atrair imediatamente o coroinha que estava a dormitar atrás do altar. – Dona Tereza! O padre Olavo foi atender um doente que precisa de extrema unção! A mulher sentou-se em uma cadeira da primeira fila e desatou em copioso pranto. O menino sem saber o que fazer correu para a rua e encontrou o padre que vinha já bem perto. – Dona Tereza está chorando como louca lá na igreja, o caso deve ser sério! – Olavo sentiu um baque no peito. – O que teria acontecido? Alguém teria descoberto? – Tudo bem Jonas, pode ir para casa que eu cuido disso. Apressou o passo e da porta ouviu o choro da mulher. – Tereza, o que houve? – Com um salto ela levantou-se e com o dedo estendido para ele gritou: – Eu estou grávida, cafajeste! Grávida de você! Como pode deixar isso acontecer? Você me jurou que isso não seria possível, que não podia ter filhos. O que faço agora? Meu nome será lançado na lama! E meu marido? Meus filhos? – Calma! – ele tentava ganhar tempo enquanto em sua cabeça as imagens passavam em turbilhão. – O que faria com essa louca? Fora ela quem o seduzira, enfiara-se em sua cama, nua, em uma tarde que gostaria de esquecer. Tentara-o com seu belo corpo e se entregara de forma avassaladora. Porque dizia que o filho era seu? Ele mesmo sabia de seus amantes, ditos em momentos de confissão muito antes da tarde fatídica. -Vamos sentar, respire fundo! Como sabe que é meu? – Falava pausadamente tentando inspirar confiança – Não pode ser de seu marido ou… de outro? – Só o que me faltava era isso – o tom subira novamente – me engravida e ainda me chama de vagabunda. Nunca mais dormi com homem algum depois de nosso encontro, meu marido viaja muito e nas poucas vezes que esteve em casa, não me entreguei a ele, por amor a você! – Depois de pensar um pouco falou: – Então não há alternativa além do aborto, procure uma dessas velhas rezadeiras e dê um jeito nisso, o que espera que eu faça? – Precisamos fugir, eu abandono tudo para ficar ao seu lado! – desesperada segurava a batina do padre com força – Teremos nosso filho longe daqui! – Tentando ganhar tempo Olavo tirou as mãos dela de sua roupa. dirigiu-se ao altar e tamborilou com os dedos sobre a branca toalha, virou-se com raiva: – Nunca! Vire-se! Você foi a culpada, me levou para a perdição agora quer acabar comigo? Como posso largar o sacerdócio e viver com uma prostituta que deita em qualquer cama com qualquer um? – Tereza deu um grito de ódio e partiu para cima do padre. Havia um punhal em sua mão. A lâmina afiada foi cravada no abdômen do rapaz que caiu de joelhos. Tereza continuava com a arma na mão manchada com o sangue do padre e foi com ela que cortou a própria jugular, tendo morte quase instantânea. Por muitos anos o espírito de Tereza foi torturado pelas visões dessa e de outras vidas em que sempre causara sofrimento e mortes. Ao atingir um nível de compreensão adequado ao caminho evolutivo, tornou-se Maria Padilha das Almas, e ainda hoje busca ajudar a todos que a procuram tentando fazer com que novas almas não se percam como ela se perdeu por diversas vezes. Somente quem já teve contato com essa grande pomba-gira, sabe dos conselhos firmes dados por ela e da tristeza que ainda deixa transparecer em suas incorporações. Laroiê a Padilha das Almas!

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Maria Padilha das Sete Catacumbas


Maria Padilha das Sete Catacumbas

 

Vativa ficou totalmente arrepiada quando ouviu o que a bruxa lhe disse: – Precisamos do sangue de um inocente! – Sua mente imediatamente focalizou a imagem de Yorg, seu pequeno filho de apenas três anos. Seus pensamentos vagaram por alguns instantes enquanto a mulher remexia em um pequeno caldeirão de ferro.

Estava ali por indicação de uma vizinha que conhecia o problema pelo qual estava passando. Era casada, não tinha queixas do marido, mas de repente parece que uma loucura apoderou-se dela. Apaixonara-se por um rapazote de dezessete anos, ela uma mulher de trinta, bela e fogosa não resistira aos encantos do adolescente e sua vida transformou-se em um inferno. Já traíra seu marido algumas vezes, mas desta vez era algo fora do comum, não conseguia conceber a vida longe do rapaz. Conversando com a vizinha, a quem contava tudo, esta aconselhou: – Vá falar com a bruxa Chiara ela resolve o assunto para você. – Pensou durante alguns dias e não resistiu, foi procurar pela feiticeira.

 

O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução: – Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante! – Vativa ficou assustada, não era essa a idéia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil? – De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você! Mas não se preocupe eu cuido de tudo. – Foi aí que ela falou do sangue inocente. – A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho? – Para fazer omelete, quebram-se ovos… Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada. A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa.

 

Desse dia em diante suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem (Sete Catacumbas) todo de preto que a apontava com uma bengala: – Agora você tem que fazer! – Em outras ocasiões ele dizia: – Você não presta mesmo, nunca prestou! – Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir.

 

Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição freqüente, saiu gritando pela casa. Ouvindo os gritos da mãe o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão. – Cale a boca garoto dos infernos! – A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo. Retomando a consciência não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada. Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.

 

Por muitos anos o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta. Com posto garantido na falange do cemitério detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.

 

Hoje todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha das Sete Catacumbas ao lado do Senhor Exú das Sete Catacumbas, pois todo médium que recebe Seu Sete recebe também Maria Padilha das Sete Catacumbas em algumas ocasiões, caso contrário após muito tempo recebendo somente Seu Sete passa a sentir-se pesado.

 

O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução: – Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante! – Vativa ficou assustada, não era essa a idéia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil? – De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você! Mas não se preocupe eu cuido de tudo. – Foi aí que ela falou do sangue inocente. – A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho? – Para fazer omelete, quebram-se ovos… Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada. A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa.

 

Desse dia em diante suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem (Sete Catacumbas) todo de preto que a apontava com uma bengala: – Agora você tem que fazer! – Em outras ocasiões ele dizia: – Você não presta mesmo, nunca prestou! – Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir.

 

Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição freqüente, saiu gritando pela casa. Ouvindo os gritos da mãe o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão. – Cale a boca garoto dos infernos! – A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo. Retomando a consciência não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada. Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.

 

Por muitos anos o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta. Com posto garantido na falange do cemitério detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.

 

Hoje todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha das Sete Catacumbas ao lado do Senhor Exú das Sete Catacumbas, pois todo médium que recebe Seu Sete recebe também Maria Padilha das Sete Catacumbas em algumas ocasiões, caso contrário após muito tempo recebendo somente Seu Sete passa a sentir-se pesado.

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Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga


Maria Padilha

Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga

França, final do século dezenove. Juliette estava desesperada. Aos dezessete anos, filha de nobres franceses estava prometida em casamento para o jovem Duque D”areaux. Por coisas que somente à vida cabe explicar, havia se apaixonado por um dos cavalariços de sua propriedade. Entregara-se a essa paixão de forma avassaladora o que culminou na gravidez que já atingira a oitava semana. Somente confiara o segredo à velha ama Marie, quase uma segunda mãe que a vira nascer e dela nunca se afastara, que a aconselhou a fugir com Jean, seu amado. Procurado, o rapaz não fugiu à sua obrigação e dispos-se a empreender a fuga. Sairiam a noite levando consigo apenas a ama que seria muito útil à moça e os cavalos necessários para os três. Perto da meia-noite, Juliette e Marie esgueiraram-se pelo jardim e dirigiram-se até o ponto em que o jovem as esperava. Rapidamente montaram e partiram. Não esperavam, contudo, que um par de olhos os espreitasse. Era Sophie a filha dos caseiros, extremamente apaixonada por Jean. Percebendo o que se passava correu até a grande propriedade e alertou aos pais da moça sobre a fuga iminente. Antoine, o pai de Juliette, imediatamente chamou por dois homens de confiança e partiu para a perseguição. Não precisaram procurar por muito tempo. A falta de experiência das mulheres fazia com que a marcha dos fugitivos fosse lenta. Antoine gritou para que parassem. Assustado Jean apressou o galope e o primeiro tiro acertou-o no meio das costas derrubando-o do cavalo. Juliette correu para o amado gritando de desespero quando ouviu o segundo tiro. Olhou para trás, a velha ama jazia caída sobre sua montaria. Sem raciocinar no que fazia puxou a arma de Jean e apontou-a para o próprio pai. – Minha filha, solte essa arma! – assim dizendo aproximava-se dela. Juliette apertou o gatilho e o projétil acertou Antoine em pleno coração. Os homens que o acompanhavam não sabiam o que fazer. Aproveitando esse momento de indecisão a moça correu chorando em total descontrole. Havia uma ponte à alguns metros dali e foi dela que Juliette despediu-se da vida atirando-se na água gelada. A morte foi rápida e nada se pode fazer. Responsável direta por três mortes (a dela, do pai e da criança que trazia no ventre) causou ainda, indiretamente mais duas, a de Jean e da ama. Triste destino aguardava o espírito atormentado da moça. Depois de muito vagar por terrenos negros como a noite e conhecer as mazelas de incontáveis almas perdidas encontrou um grupo de entidades que a encaminhou para a expiação dos males que causara. Tornou-se então uma das falangeiras de Maria Padilha. Hoje em nossos terreiros atende pelo nome de Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga, onde, demonstrando uma educação esmerada e um carinho constante atende seus consulentes sempre com uma palavra de conforto e fé exibindo um sorriso cativante. Salve minha mãe de esquerda!

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Maria Padilha, Rainha do Fogo


Nome que significa Rainha do Fogo, Maria Padilha já teve várias encarnações na terra, e  a última delas foi em Ilhéus. Nesta sua última encarnação, ela era uma espanhola que veio para o Brasil morar em Ilhéus na Bahia e foi morta na porta de um cabaré. Todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete estão com ela na espiritualidade.

Entre mitos mais variantes que revelam alguma qualidade a característica especial desta mulher, o que servirá nos terreiros é o segundo nome que acompanhará o primeiro. Recebe outros apoios que alguns podem pensar que se trata de outra Pombo Gira. mas na realidade ela é: “Rainha dos Infernos”, “Rainha do Candomblé”, “Rainha das Marias”, “Rainha das Facas”, “Mulher de Lúcifer”, “Rainha da Malandragem”, “Rainha dos Ciganos”, etc. Em cada lugar lhe dão diferentes sobrenomes, que na realidade busca elogiar a entidade e transmitir uma maior intimidade.

Pombo Gira Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pombo Giras. Maria Padilha também descreve um certo tipo de mulher que exige respeito e cujo comportamento é real. Muitas lendas cresceram em cima da sua reputação de feiticeira, e dentro de cem anos, as bruxas na Espanha e Portugal, usavam seu nome e chamando seu espírito para ajuda-las em suas magias. Tem predileção – igual ao seu principal marido, Rei das 7 Liras (Lúcifer) – pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas, onde se deve ter muita agilidade para não ser cortado. Ela gosta de luxo, de homens, de dinheiro, de jóias, dos jogos de azar, de bebidas finas, cigarros, de baile e de música. É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimentação. Seu porte é altivo, orgulhoso, majestoso, possui características das mulheres que não tem medo de nada. É muito requisitada para atrair amantes, abrir os caminhos, trazer o amor de volta, mas principalmente é muito temida por sua frieza e seu implacável poder na questão de demandas.

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História de Maria Padilha dos sete cruzeiros da Calunga


França, final do século dezenove. Juliette estava desesperada. Aos dezessete anos, filha de nobres franceses estava prometida em casamento para o jovem Duque D’areaux. Por coisas que somente à vida cabe explicar, havia se apaixonado por um dos cavalariços de sua propriedade. Entregara-se a essa paixão de forma avassaladora o que culminou na gravidez que já atingira a oitava semana.

Somente confiara o segredo à velha ama Marie, quase uma segunda mãe que a vira nascer e dela nunca se afastara, que a aconselhou a fugir com Jean, seu amado. Procurado, o rapaz não fugiu à sua obrigação e dispôs se a empreender a fuga. Sairiam a noite levando consigo apenas a ama, que seria muito útil à moça, e os cavalos necessários para os três. Perto da meia-noite, Juliette e Marie esgueiraram-se pelo jardim e dirigiram-se até o ponto em que o jovem as esperava. Rapidamente montaram e partiram. Não esperavam, contudo, que um par de olhos os espreitasse.

Era Sophie a filha dos caseiros, extremamente apaixonada por Jean. Percebendo o que se passava, correu até a grande propriedade e alertou aos pais da moça sobre a fuga iminente. Antoine, o pai de Juliette, imediatamente chamou por dois homens de confiança e partiu para a perseguição. Não precisaram procurar por muito tempo. A falta de experiência das mulheres fazia com que a marcha dos fugitivos fosse lenta. Antoine gritou para que parassem.

Assustado Jean apressou o galope e o primeiro tiro acertou-o no meio das costas derrubando-o do cavalo. Juliette correu para o amado gritando de desespero quando ouviu o segundo tiro. Olhou para trás, a velha ama jazia caída sobre sua montaria. Sem raciocinar no que fazia puxou a arma de Jean e apontou-a para o próprio pai. – Minha filha, solte essa arma! – assim dizendo aproximava-se dela. Juliette apertou o gatilho e o projétil acertou Antoine em pleno coração.

Os homens que o acompanhavam não sabiam o que fazer. Aproveitando esse momento de indecisão a moça correu chorando em total descontrole. Havia uma ponte à alguns metros dali e foi dela que Juliette despediu-se da vida atirando-se na água gelada. A morte foi rápida e nada se pode fazer. Responsável direta por três mortes (a dela, do pai e da criança que trazia no ventre) causou ainda, indiretamente mais duas, a de Jean e da ama.

Triste destino aguardava o espírito atormentado da moça. Depois de muito vagar por terrenos negros como a noite e conhecer as mazelas de incontáveis almas perdidas encontrou um grupo de entidades que a encaminhou para a expiação dos males que causara. Tornou-se então uma das falangeiras de Maria Padilha. Hoje em nossos terreiros atende pelo nome de Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga, onde, demonstrando uma educação esmerada e um carinho constante atende seus consulentes sempre com uma palavra de conforto e fé exibindo um sorriso cativante.lista de emails

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Maria Dos Prazeres Padilha


A família Padilha é uma família nobre portuguesa   O nome, originário em homenagem a segunda esposa  de Pedro I de Castela, Dª. Maria Padilha de Castela, da Casa de Padilha (Antiga Família Padilla), em Castela, na Espanha Ibérica, pertencente a Dinastia de Borgonha. Padilha foi uma família efetivamente ligada à Casa Real Portuguesa, com vínculos à Casa Real Espanhola, e a todas as demais casas reais da Europa, e dela houve quatro Mestres da Calatrava e um de Santiago e, durante muito tempo, o cargo de Adiantado-Mor de Castela.
Significado: O termo Padilha é a pronuncia, aportuguesada, originária da palavra espanhola padilla,  em castelhano, é o nome dado a uma ferramenta utilizada por padeiros; também podendo se referir a um determinado tipo de forno de pedra, ao qual se utilizavam pás de cabo longo para posicionar os alimentos no interior. O nome Padilha foi adotado pelos descendentes de Maria de Padilla, a qual teve o nome alterado para Maria Padilha após seu casamento com Dom Pedro I de Castela.
Origem: O nome Padilha originou-se do nome da nobreza espanhola Padilla , mais especificamente de Dª.Maria de Padilla , mais conhecida como Maria Padilha,  a amante, conselheira e, posteriormente, esposa de Dom Pedro I de Castela. Alguns séculos depois da época do lendário Dom João III I, existia um lugar denominado Padilla, em Miranda de Castro Xerez, próximo de Burgos, o qual foi povoado por Dom Pedro I de (Rei de Castela e Leão, filho de Maria de Portugal e Afonso XI de Castela). Em uma de suas províncias   Palencia, vivia a suntuosa Maria dePadilla.
Maria de  Padilla (filha de Juan Garcez de Padilla, o senhor de  Villagera, e de Maria de Henestrona) foi apresentada a Dom Pedro I, por intermédio de João Afonso de Albuquerque, O Conde de Albuquerque, , mordomo-mor de  Maria de Portugal (rainha de Castela) e artífice do casamento de Dom Pedro I de Castela, com Branca de Bourbon. Maria de Padilla tornou-se amante de Dom Pedro I de Castela e passou a influenciá-lo nas mais importantes decisões. Foi graças a Maria de Padilla, em 1353, que Dom Pedro I de Castela, o jovem rei de 19 anos, escolheu governar como um autocrata apoiado no povo. O que lhe valeu o apelido de Justiceiro.
No dia  25 de Fevereiro de 1353, Branca de Bourbon chegava de Valladolid, com seu séquito chefiado pelo Visconde de Narbona  , mas Pedro I encontrava-se em Torrijos  com Maria de Padilla prestes a dar à luz. Em  03 de Junho, do mesmo ano, houve a cerimônia da boda de Pedro de Castela com Branca de Bourbon, apadrinhada por Dom Juan Afonso de Albuquerque e sua tia Leonor de Aragão. Três dias mais tarde, o rei voltou para Puebla de Montalbán , onde Maria de Padilla o aguardava. Após uma breve reconciliação em  Valladolid , Dom Pedro I de Castela partiu, juntamente com Maria de Padilla, para Olmedo, onde se casou, secretamente, com Maria e abandonou sua esposa. 
Após o casamento com Dom Pedro I de Castela, Maria de Padilla muda seu nome para Maria Padilha para adequar-se a pronúncia dialética de Olmedo Nascendo, assim a linhagem da família Padilha. A Casa Real de Padilha.
O partido político, adverso a Pedro, descobre que ele havia se casado, secretamente, com Maria Padilha e exerce pressão política contra o reinado de Pedro. Don Beltran de la Sierra, núncio do papa, intimou o rei a retomar Branca como sua esposa. O rei, entretanto, preferiu mantê-la presa, levando-a de  Siguenza para Jerez de la Frontera e para Medina Sidonia, aonde foi envenenada pelo ballestero Juan Perez de Rebolledo.
Quando tudo parecia bem, a desgraça recai sobre a casa real. Algumas semanas após a morte de Branca de Bourbon, em Medina Sidonia, Maria Padilha, morre da peste bubônica de 1361 .Após sua morte todos os herdeiros, pertencentes à Casa de Padilla mudaram seus títulos para Padilha.

Dª. Maria Padilha e Dom  Pedro I tiveram quatro filhos.

  • Beatriz,  infanta de Castela (Córdoba, 23 de março de 1354-1369 Todesillas) freira na Abadia de Santa Clara;
  • Costança , infanta de Castela ( Castrojeriz, Castela, julho de 1354-24  de março de 1394, no castelo de Luicester 1354-24 de março de 1394 no castelo de Leiceste) casada em  21 de setembro de 1371,em Roquefort-sur-Mer, na Aquitânia, com João Plantageneta de Gaunt  , João de  Gauntou João de  Gand (Flandres 1340-1399),  Duque de Lencastre, filho de Eduardo II de Inglaterra  e Filipa de Hainaut, viúvo desde 1369 de Branca de Derby. Foi pretendente de 1372 a 1387 ao trono castelhano, chegando a se intitular “Rei de Castella”. Teve uma filha, Catarina de Lancaster ou Gaunt ( morta em 1418,) que em  1388 casou com Henrique III de Castela (morto em 1406)  ), irmão de  Fernando II de Antequera, filhos de João de Castela. 
  • Isabek, infanta de Castela (nascida em Morales no verão de 1355 e morta em 23 de Novembro de 1393) casou-se em Hertford em 01 de março de 1372 com Edmundo Plantageneta de Langley (1341-01 de agosto de 1402) Conde de Cambridge em 1385 Duque de York, irmão do precedente pois era o 4º filho de Eduardo II de Inglaterra   e Filipa de  Hainaut. Tiveram três filhos: Ricardo (1375-1415), Conde de Cambridge  ;Constança e Eduardo Plantageneta (1373 -1415)); em  1390, Conde re Rutland.
  • Afonso,  príncipe herdeiro de Castela (Tordesillas, 1359-19 de outubro de 1362).

Dos descendentes de Maria Padilha, o primeiro que passou a Portugal foi Pedro Noberto de Arnot Padilha, que foi Secretário do Palácio, na Repartição do Minho.  Ele procede de Diogo Miranda de Padilha ,que viveu no reinado de Dom Sancho III, de Navarra (994 -1035)). O segundo de que temos notícia é  Lopo Fernandes de Padilha que, no reinado de Dom Fernando, fez parte da comitiva da princesa Dª. Beatriz ,quando de seu casamento com Dom João de Castela. No reinado de Dom João III de Portugal, foram concedidas cartas de armas: em 30 Abr 1530, a Dom Bartolomeu Fermandez Padilha, escudeiro da casa de Dom João III de Portugal, e em 23 Ago 1532, seu irmão, Dom Francisco Fernandes Padilha, por descenderem dos Padilha  de Castela. Na igreja do Convento do Carmo, do lado do Evangelho , logo no princípio da nave, defronte do claustro, foi construído o carneiro de jazida dum  fidalgo castelhano, Cristovão Fernandes Padilha, a quem Dom João III  deu o foro do escudeiro fidalgo e o foro de brasão de armas. Esta capela, no séc  XVIII, pertencia ao conhecido autor das Raridades da Natureza de Hancourt Padilha, cavaleiro fidalgo e escrivão do desembargo d Paço.

O Cavaleiro da Ordem de Sant’lago Dom Cristovão Fernandes Padilha, cavaleiro espanhol, filho de Fernão Soeiro Fernandes Padilha, casou com Dª. Ana de Miranda, filha de Dom Pedro de Miranda com quem teve Dom Sebastião Padilha. Este casou com Dª. Filipa Osório , filha de Dom Belchior Osório e de Catarina Henriques.  Desse matrimônio nasceu Dom Luis Padilha de Miranda, Cavaleiro da Ordem de Avis e provedor dos Coutos.

Dom Diogo Fernandes Padilha, foi pai de Dom Lázaro Padilha, cavaleiro da Ordem de Cristo    que casou com Dª. Maria Ribeiro Salazar, filha de Dom Gaspar Ribeiro de Arévalo, espanhol, e de Dom Francisca Cifuentes de Castela. Deste casamento nasceu Dª. Bárbara de Padilha, que adquiriu matrimônio com seu primo Dom Luis Padilha de Miranda, acima referido, gerando os Haucourt Padilha e a Família Assud Miranda, que viraram  ciganos , mas que o utilizavam o Brasão dos Padilha.

BRASÃO DA FAMÍLIA PADILHA

Da Casa de Padilha: Um escudo pleno, contendo três pás de prata, em posição vertical, sobre fundo azul, cercado por nove meias-luas, em prata, sendo três acima das pás, três abaixo das pás, uma à direita das pás e duas a esquerda das pás; Um timbre de Águia Imperial Nascente, de cor negra com adornos prata; Um virol, na cor azul e negra, aos pés da Águia Imperial; Dois Paquifes, um a cada lado do Escudo Pleno, nas cores azul e prata.

AS CORES

Para cada cor do brasão da Casa de Padilha existe um significado singular.
  • Prata: pureza, integridade, firmeza e obediência
  • Azul: zelo, lealdade, caridade, justiça, lealdade, beleza e boa reputação.
  • Negro: prudência, astúcia, tristeza, rigor e honestidade
  • A Águia Negra: Conhecida como Águia Imperial Nascente, por ser a insígnia peculiar do Sacro Império Romano . Representada em cor negra, ornada em prata, com as asas abertas, de pontas voltadas para cima, a cauda espalmada, as pernas abertas com as garras estendidas, a cabeça voltada para o flanco direito, ereta, com a língua de fora. —Essa é a posição estendida. A Águia pode ser vista, figuradamente, como símbolo de força, de grandeza e de majestade. Foi muito usada em brasões de exércitos, figurando nos estandartes de Ciro, rei dos Persas, e, mais tarde, durante o segundo consulado de Mário, encimando as lanças que eram insígnias das legiões. Na simbologia cristã aparece como possível símbolo da ressurreição e o triunfo de Cristo e do cristianismo. Foi também o símbolo da alma humana, o símbolo das artes. Chama-se de águia o homem muito perspicaz, penetrante, que vê longe; superior em inteligência.
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Pombo Gira


A Pomba-Gira é uma entidade espiritual de psiquismo feminino, pertencente, tanto às linhas da Umbanda como da Quimbanda ou do Candomblé.  É um Exú mulher. Era invocada na Idade Média com o nome de Klepoth, como também é conhecida no Ocultismo. Diz ela ser mulher de 7 exús. Trabalha na esquerda, devido à sua situação espiritual. Sendo feminina, é muito vaidosa, vingativa, interesseira, maliciosa, inteligente e sensualíssima, gosta de fazer mexericos, intrigas, seduzir moças e mulheres à pratica de atos contrários à ética e à moral, colocando-se no mau caminho, principalmente se elas são médiuns e não querem trabalhar ou desenvolver-se. 
Gosta de champanhe, mas bebe também licores, whisky com soda e fuma cigarros bons ou cigarrilhas. Recebe seus presentes nas encruzilhadas em forma de “T”. Sua cor é o vermelho vivo, tanto nas velas como nas roupas e guias (colares). Adora rosas vermelhas, cor de sangue, roupas elegantes, jóias e perfumes caríssimos. 
A Pomba-Gira comanda 7 falanges compostas de 7 legiões de exús mulheres, cada uma das quais toma diversas identificações: Maria Padilha, Maria Molambo, Sete Saias, Sedutora, Pomba-Gira Menina, da Praia, das Almas, das Matas, etc.  Não se deve também invocá-las para prejudicar alguém, instigando-lhe o instinto ainda condicionado a atividades inferiores. Satisfazendo-lhe a vaidade e pedido ela trabalha para o bem, beneficiando, assim, tanto quem pede como a ela que serve apenas de instrumento. 
Há quem pense que as Pombas-Giras, por darem gargalhadas quando incorporadas, são felizes. Isso não é verdade ou, pelo menos, não reflete a realidade. A gargalhada é uma manifestação emocional característica da linha de Esquerda, assim como o “Kiô” pertence à Linha de Caboclos ou mesmo o “Aleluia” é expressão dos evangélicos. Porém, observa-se não ser uma explosão de riso espontânea, alegre, e sim um grito impulsivo, disfarçando tristeza depositada no fundo da alma desses espíritos, pois, nem nós, encarnados, somos felizes longe da luz e da perfeição angélica. 
Há muitas pessoas que as associam com prostitutas, ou simplesmente, mulheres que gostam de se expor aos homens e sedentas por sexo. As distorções e preconceitos são características dos seres humanos quando eles não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos, distorcendo-os. Essas nossas irmãs em Deus nada mais são que espíritos desencarnados, que como os Exús  viveram na Terra e hoje, por afinidade fluídica, militam como mais uma corrente de trabalho protetora.
 
Não temos culpa se certos “médiuns” medíocres dão passividade para quiumbas ou mesmo fingem uma incorporação de uma Pombo Gira, para serem aceitos e terem suas opiniões e mesmo trejeitos aceitos pela comunidade religiosa. Com certeza, exteriorizam somente aquilo que suas mentes doentias acham ser certo.
Dentro da hierarquia das Pombos Giras, estão divididas em níveis diversas outras Pombos Giras, da mesma forma que as demais legiões. É claro que em alguns casos podem ocorrer que uma delas em alguma encarna­ção tivesse passado pela experiência dolorosa de ser uma prostituta, mas, isso não significa que todas as Pom­bos Giras tenham sido prostitutas e que assim agem. As que foram, hoje estão integradas na Umbanda, a fim de realizarem a grande reforma íntima através da caridade e do me­diu­nismo redentor.
Não se torna uma Pomba Gira pelo simples fato de se ter errado perante as Leis Divinas. Afinal, quem nunca errou na vida? Ser uma Pombo Gira exige preparo, conhecimento, magia, discernimento e muito amor. É mais uma corrente de trabalho espiritual na Umbanda, onde espíritos seletos atuam na faixa vibratória que mais se afinizam.
As Pombo Giras não são a representação da sexualidade e nem da sensualidade, mas sim freiam os des­vios sexuais dos seres humanos e direcionam essas energias para a construção da espiritualização, evitando a destruição espiritual e material de cada ser.
A sensualidade desenfreada destrói o homem: a volúpia. Este vício moral é alimentado pelos encarnados e desencarnados pela invigilância das Leis de Deus, criando um ciclo ininterrupto  caso as Pomba Giras não atuem neste campo emocional, freiando-o e redirecionando-o.
As Pomba Giras são gran­des magas e conhecedoras das fra­quezas humanas. São executa­do­ras da Lei. Cabe às elas esgotar os vícios ligados ao sexo, equilibrando o ser humano.
Gostaríamos de salientar que as Pombo Giras não são Exús fêmeas como dizem muitas das literaturas encontradas, mas sim, é mais uma das hierarquias de Deus; regidas pelo Poder Reinante do Desejo do Divino Criador.
O que acontece é que para tudo no universo funcionar à necessidade de polarização, ou seja, existirem os pólos positivos e negativos para se completarem e tudo funcionar. O Exú e a Pomba Gira se polarizam, pois se o Exú é o fator vitalidade, fertilidade e princípio da vida, a Pomba Gira é o fator desejo e estímulo. O fator “Desejo” não significa somente o desejo do sexo, mas sim tudo que se relaciona com a nossa vontade de obter. Exemplo: desejo de comer uma maçã, de tomar um café, de ler um bom livro, de viver, de lutar pela vida, de se curar, de casar, de se tornar mãe, etc. Se estamos desejando algo, conseqüentemente estaremos sendo irradiados pelo poder maior de Deus; o seu desejo. Portanto o desejo é fundamental em nossas vidas e sem ele seríamos apáticos em todos os sentidos. O Criador gerou o desejo como uma das suas qualidades ou fatores, pois sem vibrarmos os desejos nada desejaríamos e nos tornaremos além de apáticos, desinteressados e paralisados.
Os fatores vigor, fertilida­de e princípio da vida (Exu) e desejo, estímulo (Pomba Giras) se completam, se polarizam crian­do nos seres as condições ideais que os ativará em todos os sentidos e os in­duzirá a assumir com vigor e paixão tu­do que almejam. A Pombo Gira é um ser cuja presença desperta o de­sejo e o estímulo.
Talvez seja o fator irradiado por ela que muitas pessoas a confundiram com uma prostituta, pois confundiram ser ela somente o desejo da carne, excluindo todos os desejos da vida.
Tudo que se refere ao estudo sobre os Exús vale também para as Pombos Gira, ou seja, elas se manifestam através de espíritos incorporados as suas hierarquias. Elas são elementos mágicos ativados através de oferen­das e elementos reli­giosos quando ativa­dos num Templo. 
Tam­bém são agentes da Lei de Deus que po­dem ser ativadas pela Lei Maior. Os Exús vitalizam/desvitalizam, as Pomba Giras esgotam o emocional ou despertam o de­sejo.
Exemplo: A Mãe Oxum irradia o amor em todos os sentidos da vida e a Pomba Gira irradia o desejo de amar. Desta forma está completa a manifestação agregadora do amor dando-lhe fluidez e expansão, pois amar algo e sentir desejo de amá-lo apegando-nos a este “algo” amado, que pode ser uma hierarquia superior, religião ou pessoa, é amor; agora para que esse amor se complete, à necessidade do desejo de se amar esse algo. Quando existe excesso de amor e desejo e esse se torna uma viciação, ai sim a Pomba Gira esgota o emocional do ser, apaziguando-o para que retorne ao caminho justo do seu equilíbrio.
As Pomba Giras de Trabalho são tão maravilhosas quanto os Exús  Elas realizam curas, até mesmo de enfermidades dadas como incuráveis, desmancham trabalhos de magia negra, resolvem problemas, nos dão conselhos preciosos de como bem dirigir nossas vidas, enfim, fazem tudo pelas pessoas bem intencionadas que as procuram para a prática da caridade. É uma pena que ainda existam pessoas que as procuram somente para desmanchar relacionamentos amorosos ou conquistar alguém.

POMBAS GIRA ATUAM:

• Nas descargas pa­ra neutralizar cor­rentes de elementa­res/elementais vam­pi­rizantes, bem conhecidos como sú­cu­bus e íncubos, que atuam negati­va­men­te, por meio do sexo, fazendo de suas ví­timas verdadeiros escravos das distor­ções sensuais.
• Cortando trabalhos de magia sexual negativa e as ditas “amarrações”, pois ninguém deve se ligar a ninguém a força. Isto é considerado pelos tribu­na­is do astral como desvio de carma e as sanções para aqueles que realizam tais trabalhos são as mais sérias possíveis.
• Cortando trabalhos de magia negra, pois não é permitido pela Lei Divina que as pessoas ou espíritos possam fazer o que bem entenderem, ainda mais ferindo o Livre Arbítrio alheio.
• Neutralizando correntes e trabalhos feitos para desmanchar casamentos.
• Trabalham incansavelmente no combate as hostes infernais, quando estas procuram atingir injustamente quem não merece.
• Trabalham no combate das vicia­ções que escravizam os médiuns, protegendo-os das investidas do baixo astral, quando se fazem merecedores.
• Fazem à proteção dos Terreiros onde habita a Espiritualidade Maior, principalmente onde se pautam pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
• Combatem a leviandade, promovendo a firmeza que trás o respeito através do poder da palavra. Tais atributos e a harmonia de seus efeitos combinados, trazem a serenidade mental, onde os Orixás atuam, pois quem não sabe o que pensa, não sabe o que diz.
• Trabalham incansavelmente fazendo de um tudo para que seus médiuns possam galgar graus consciências luminosos perante a espiritualidade maior, equilibrando-os, auxiliando-os, mas jamais são coniventes com os desmandos de seus pupilos, corrigindo-os, às vezes, implacavelmente, para que possam enxergar seus erros e retomarem a senda da Luz.
• As Pomba Giras, como entidades de trabalho, não são e nunca foram espíritos lascivos, tenebrosos, viciados, atrasados e maldosos, como muitos querem doutrinar.
• As Pomba Giras atuam no combate aos quiumbas (na medida do possível ajudando-os a evoluir) e no combate das energias desvairadas e viciantes; nas cobranças e nos reajustamentos emotivos e passionais; nas cobranças da Lei Divina (carma); nas emoções e nas ações dos indivíduos.
• As Pomba Giras conhecem profundamente os mais íntimos segredos dos seres humanos e que apesar dos absurdos em seus nomes, ainda assim, nos auxiliam a evoluir, esperando pacientemente à hora de nossa maturidade.
• A Pombas Gira são valorosas Guardiãs da Antiga Sabedoria, da Tradição da Umbanda. Não são vulgares. São guerreiras, heroínas, protetoras e grandes magas.
Lembre-se que nenhuma Pomba Gira JAMAIS atua negativamente na vida de qualquer ser, promovendo desuniões, feitiçarias, magias negras, fofocas, maledicências e toda sor­te de coisas ruins.
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Pomba Gira Maria Pimenta


Esta pomba gira geralmente vem na falange de Maria Padilha e da Malandragem , assim como a pimenta  sua ferramenta de trabalho é bem apimentada , lida com o poder da discórdia como ninguém é totalmente alegre e consegue  tirar qualquer pessoa do serio em segundos, lida com facilidade em trabalhos de brigas e grandes confusões geralmente quem carrega essa pomba gira e  a deve atrai muitas brigas e discórdias e tem poucos amigos, gosta de bebidas fortes , gosta de bebidas misturadas e carregadas de pimenta admira vermelho e amarelo , pomba gira nova desencarnou a poucas décadas adora rosas vermelhas no cabelo .

Quando se deve essa pomba gira ela atrai muito seu cavalo para bares e bebidas e confusões .
Quando a pomba gira é tratada seus cavalos tem sorte no amor e na parte financeira .
Pomba gira Maria Pimenta geralmente é escrava de Nanã, Oxum ou  Oyá.
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Tata Mulambo


Tata Mulambo viveu há muito mais tempo do que possamos imaginar. Segundo ela, está desencarnada há 107 anos. Era rainha da província onde vivia e estava sempre cercada de muito luxo, bons tecidos, ouro, prata muitos súditos e muita riqueza.



Conta a lenda que certa vez, em um de seus passeios fora do castelo, Tata Mulambo, conheceu um camponês por quem se apaixonou à primeira vista e iludida com aquele sentimento tão grande, deixou o seu reino para procurá-lo, levando parte de sua riqueza pois, acreditava poder ser feliz ao seu lado. 
 
Ela o procurou nas ruas, nos bares, nas praças, cabarés, mas não o encontrou.
De rainha, passou à mulambo, se entregou à bebida, aos farrapos e à prostituição. suas vestes de rainha rasgaram-se ao longo do tempo pelas suas caminhadas, seu ouro foi roubado e as jóias foram trocadas por bebida até que um dia, foi encontrada morta. 
Desorientada pelos caminhos que havia seguido até então, queria se vingar daquele homem que mesmo sem saber, era o único culpado pela sua desgraça e o encontrou recolhido em seu lar junto de sua família.
A lenda diz que Tata Mulambo havia matado três pessoas antes de desencarnar, mas essa grande Pombo Gira, depois de sua morte, voltou e matou o pobre homem, sua esposa e seu filho de 07 meses.
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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

POMBO GIRA RAINHA DAS SETE ENCRUZILHADAS!


Eu Trabalho : De noite e de dia, lugares frios e quentes,
No escuro e no claro, contra o medo e com a coragem,
Contra a ignorância e com a inteligência,
A favor dos menos favorecidos e contra os mais abusados,
Abrindo os caminhos, para os humildes e necessitados, fechando os
caminhos, para os desonestos e perversos,
Estimulando aqueles que têm vontade de evoluir,
Esgotando aqueles que pensam apenas “em como prejudicar”,
Despertando vontades, sensações e desejos,
Dando a agonia exata para os que valorizam a luxúria acima de tudo,
Fazendo assim, com que cada vez mais apreciem o seu lixo do seu
“luxo interior´´,
Utilizando a minha sensualidade para conquistar o que quero,
para dar confiança, mas não confio em ninguém,
Em benefício daqueles que estão com o sentimento ferido, 
mas faço sangrar aqueles que feririam os sentimentos dos próximos,
Dando risada de seus tormentos e de seus labirintos sombrios,
Pra lhe ajudar a viver e respeitando seus limites,
Colocando os doces da vida a sua frente, 
mas posso deixar o ardido em seus olhos e sentimentos,
Respeitando-lhe e exijo que me respeite, 
Com meu punhal, eu te furo, mas também te curo,
Com minha capa, vermelha e preta bordada em ouro, 
eu te cubro e projeto, mas também lhe descubro e lhe tiro 
todos os desejos, com a minha Coroa e lhe nomeio, envolvo, 
terá o meu apoio e será também parte do meu reino, 
mas se pensar em me enganar será considerado um COITADO. 
Sobrará apenas um sentimento pequeno : “pena´´
Quem sou?
Não sou mundana e nuca fui mulher da vida,
Sou mulher sim, mas mulher COM vida,
Gosto do que é bom e belo,
Mas não gosto da falsidade, hipocrisia, mediocridade e vulgaridade,
Sou rival e sou parceira,
Sou bela, faceira e criativa,
Com minha criatividade te levanto,
Mas com a mesma te devasto e lhe deixo em pranto.
Sou um chocolate com pimenta,
às vezes doce e outras vezes ardida demais,
Eu sou menina, sou mulher, sou princesa, sou rainha,
Eu sou a Moça dos caminhos e encruzilhadas
Me chamam de POMBO GIRA RAINHA DAS SETE ENCRUZILHADAS!
 
 
Por Alexandre Cuminho

Pomba gira Maria Bonita

Nasceu na Bahia onde foi uma criança muito levada.Tinha Brigas freqüentes com seus pais ,onde muitas vezes chegava a bater neles.
Aos 13 anosde idade engravidou pela a primeira vez e fez um aborto sozinha, utilizando -se de um objeto pontiagudo.
Aos 15 anos engravidou novamente,e provocou o segundo aborto..
Aos 17 anos encontrou sua grande paixão , e mais uma vez engravidou ,porém desta vez,não conseguiu levar a gravidez até o final , perdendo o bebê. Por causa desta grande paixão envolveu-se em uma briga de rua e morreu esfaqueada.
Teve 4 encarnações contado que essa foi a última. Em todas não foi uma boa pessoa, sempre praticando o mal.
 
Sua última encanação foi a 50 anos atrás.
Hoje vem na linha de Exu que prática o bem… Trabalha na linha de Iansã..onde é orienta pela a pomba-gira Rainha.
 
Pôr ser uma pomba- gira e ser orientada pela a pomba- gira Rainha pode fazer diversos tipos de trabalhos mas seus trabalhos principais aos quais foi designada, são para as pessoas envolvidas com drogas bebidas ou algum tipo de desequilíbrio ,devido ao tipo de vida que levou em suas encarnações.
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Pombo Gira Rosinha


Conta a lenda que quando Rosinha tinha sete anos foi estuprada pelo pai na frente dos irmãos menores ainda sangrando e com muita dor ela foi até uma casa de umbanda foi até a casa de Exu e pediu que ele a levasse quando se levantava ela viu que avia um belo homem negro ao seu lado que disse a ela que ela ficaria encarregada de cuidar das crianças que morriam estupradas e ate hoje essa Exu risonha e muito gentil cuida dos espíritos das crianças que morrem assim.

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Pombo Gira Maria Rosa


Maria Rosa é uma pomba-gira que trabalha na linha das almas, mais também recebe suas oferendas em cruzeiros de pomba-giras. Trabalha para o amor e tudo que estiver envolvido neste sentido, sendo para união, castigo ou dano.


Deve se ter muito cuidado para o que se pede para esta gira, pois ela trabalha da linha de Obá, e é vulgarmente conhecida como Maria Navalhada. Nunca tente pedir um companheiro(a) para esta entidade se este for casado, pois ela trabalha com as navalhas de baixo da sua saia e você é quem sairá sofrendo neste dano, pois ela não entrega quem cobiça homem casado. Agora se quiser alguém solteiro e que este não esta lhe dando bola… seus trabalhos são infalíveis e pode apostar que o que pedir terá! basta ter fé no seu poder.

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Pombo Gira das Sete Cobras


Pombo Gira das Sete Cobras

É uma pombo gira rara, vista apenas em sessões de magia negra e catimbó, muito perigosa e extremamente pontual , se com ela for feito um acordo logo será cumprido e cobrado , tem uma beleza hipnotizadora seu alhar é tremulo , e sombrio , é uma pomba gira de palavra e para ela só a palavra basta , suas magias são difíceis de serem desfeitas sua ferramenta são sete chocalhos de cobra e suas vestes são escuras de cores fortes verdes , pretas e corais , sua gargalhada e baixa e junto com o barulho de cobra , não é de virar , quando vira é para trabalho, e logo se vai , essa pomba gira não é de brincadeira , suas atividades são voltadas a feitiçaria, magia negra, e suas ferramentas de trabalho são perigosas. Sua falange pertence aos espíritos da mata. Gosta de trabalhar  com: separações, traições, amarrações, defesa dos inimigos, encantos .

Feito por Emidio de Ogum

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POMBA GIRA SETE ONDAS


TEXTO DE CLAUDIA BAIBICH
“EXPLICANDO A POMBA GIRA SETE ONDAS”

A definição de onda é tida como qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. Ex: uma pedra jogada em uma piscina (a fonte), provocará ondas na água, pois houve uma perturbação. Essa onda se propagará para todos os lados, quando vemos as perturbações partindo do local da queda da pedra, até ir na borda. Uma sequência de pulsos formam as ondas.

Chamamos de Fonte qualquer objeto que possa criar ondas.
 
A onda faz a transferência de energia cinética da fonte, para o meio.
 
Através delas, energia pode ser transmitida por longas distâncias e a grande velocidade. A energia da luz solar é um exemplo disso.
 

Assim, compreende-se melhor, o trabalho de Dona Sete Ondas: Ela é a Onda que faz a transferência energética da Fonte (Orixá) para o meio (consulente, médium ou ambiente) tendo como principal função, trazer a renovação.

Após os trabalhos de outras Guardiãs, como: desobsessões, encaminhamentos, quebras de demandas e abertura de caminhos, entra em ação Dona Sete Ondas”.
 

Um consulente, só chega até uma Pomba Gira Sete Ondas, quando demais aspectos de sua vida já foram trabalhados e ele encontra-se “pronto” para ser agraciado com “o novo”.

Todas as falangeiras “SETE ONDAS”, apresentaram-se de forma altiva e alegre, como uma amiga que prenuncia “Boas Novas”. Sua incorporação não é tão comum em comparação com as de Maria Mulambo, por exemplo. Mas é belíssimo ver a chegada de uma Sete Ondas, com sua dança que lembra o movimento ondulante do mar. Esse movimento já é uma reciclagem energética realizada no médium que a incorpora, e a distribuição de seu Axé.
 

Outra peculiaridade de seu trabalho, é a sua manifestação em alguns médiuns quando o trabalho encaminha-se para o encerramento.

A Senhora Guardiã Sete Ondas, tem um papel importantíssimo na reciclagem energética e deveria ser chamada mais vezes nas densas Giras de Guardiões.
Incorporar uma Sete Ondas é sentir um misto de energia revigorante e leveza. Sentimo-nos como se estivéssemos sendo levados por um mar de alegria e serenidade.

Mas a sua função na vida dos consulentes é fazer com que o mesmos aceitem deixar para trás velhos condicionamentos e padrões de comportamentos desgastados que os impedem de evoluir.
Sempre dizemos que Pombas Giras nos ajudam na medida de nosso merecimento e no devido tempo, quando já estamos preparados para receber e usufruir conscientemente essa “ajuda”, e isto torna-se uma regra irrevogável com a Sete Ondas.
 
Em muitos casos, o Trabalho da Pomba Gira Sete Ondas, realiza-se sem o contato direto com o consulente numa consulta, através da incorporação em um médium, embora isso também ocorra.
 

As Sete Ondas trazem reciclagem energética, renovação das esperanças, desejo de mudanças e estímulo para vencer.
Constituem uma Falange específica, trabalham nas Sete Linhas, podem receber oferendas em todos os sítios da natureza e suas falangeiras são realmente encantadoras.

LAROIÊ SENHORA SETE ONDAS!

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Pomba Gira Dama da Noite


 
 
As entidades que atendem pelo nome Pomba Gira Dama da Noite, pertencem a todas as falanges, tal qual as Pomba Giras do Cabaré.
Fazem a comunicação e a troca de informações entre essas falanges.
São uma espécie de informantes, estão em toda a parte, “correm a gira” no astral para avaliar todas as questões que envolvem um caso que esteja sendo tratado por outras Guardiãs. São muito versáteis e conhecem de tudo um pouco. Uma outra atribuição muito importante, dessas Pomba Giras, é o desenvolvimento mediúnico de médiuns iniciantes.
 
 
Portanto podem se manifestar em qualquer ponto cantado, ou, mesmo não sendo, a Pomba Gira que irá trabalhar com o médium, pode dar ao mesmo “insights” de quem será sua Pomba Gira de trabalho, incorporando ou passando vibração ao médium apenas no ponto cantado de sua Pomba Gira.
Dificilmente riscam ponto e dão consulta, ficam de pé no meio do terreiro dançando e preparando o médium, por isso, é muito comum incorporações de curta duração, para evitar desgaste e fadiga do médium.
 
 
Outra forte atuação dessas Senhoras é a comunicação intuitiva, já que o médium em desenvolvimento não está “pronto” para identificar mensagens claras, pois ainda não sabe se quer o nome de sua Pomba Gira.
Isso não ocorre com todos os médiuns, em alguns casos, dependendo da história, do grau de mediunidade e da relação “entidade-médium”, a Pomba Gira de trabalho, já informa ao médium, quem é e o que quer.
 
 
As Pombas Giras Damas da Noite, após um período, que varia, de caso para caso, acabam por optar por uma atividade mais especializada, aí sim, ingressando numa falange específica.
São muito bem humoradas e passam ao médium, uma sensação de alegria e descontração.
Estão sempre presentes nos terreiros, e mesmo que um determinado médium da corrente, não seja médium de incorporação, recebe sua vibração, o que o protege das energias densas que são desagregadas nas giras de Exú.
 
 
Seu nome “Dama da Noite” pode fazer com que seja associada à “Pomba Gira do Cabaré”. Mas essas guardiãs têm funções distintas, as Damas da Noite, por serem entidades responsáveis pelo desenvolvimento mediúnico da maioria dos médiuns, não costumam enfrentar o astral inferior, de modo frontal, pois precisam manter uma vibração periespiritual menos densa, para a proteção dos médiuns que estão sendo por elas desenvolvidos.
 
 
Em sua denominação simbólica, são conhecidas apenas por Pomba Gira Dama da Noite, não havendo a complementação, como por exemplo, Pomba Gira Dama da Noite das Almas, ou Pomba Gira Dama da Noite da Encruzilhada, etc.
Como existem milhares de Pomba Giras Damas da Noite, também existem milhares de histórias sobre cada uma.
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Pombo Gira Rosa do Lodo


A história da Senhora Pomba gira Rosa do Lodo, a começar pelo relato de seus dias enquanto ser encarnado como Anne Marie, que viveu em meio a uma sociedade francesa capitalista, cruel e cheia de hipocrisia, e, depois, o resultado de suas ações terrenas na espiritualidade.

Por meio deste romance, é mostrada a atuação das Guardiãs do Amor nas esferas espirituais negativas e também desvendados os mistérios que a poucas Guardiãs foram concebidos por desejarem, por meio do amor, retribuir a oportunidade que tiveram de evoluir, ajudando, de todos os modos, no resgate cármico de muitos espíritos que caíram em seus negativismos e, assim, aliviando um pouco mais as suas culpas, para terem a oportunidade de ser servidores do grande Criador.

Conheça um pouco mais sobre o Mistério Pomba gira e veja como se beneficiar verdadeiramente do amor dessas Guardiãs que servem ao Alto do Altíssimo pela sua esquerda. Release: Nestas páginas, você conhecerá a história da Senhora Pomba gira Rosa do Lodo, a começar pelo relato de seus dias enquanto ser encarnado como Anne Marie, que viveu em meio a uma sociedade francesa capitalista, cruel e cheia de hipocrisia, e, depois, o resultado de suas ações terrenas na espiritualidade. Por meio deste romance, é mostrada a atuação das Guardiãs do Amor nas esferas espirituais negativas e também desvendados os mistérios que a poucas Guardiãs foram concebidos por desejarem, por meio do amor, retribuir a oportunidade que tiveram de evoluir, ajudando, de todos os modos, no resgate cármico de muitos espíritos que caíram em seus negativismos e, assim, aliviando um pouco mais as suas culpas, para terem a oportunidade de ser servidores do grande Criador.

Conheça um pouco mais sobre o Mistério Pomba gira e veja como se beneficiar verdadeiramente do amor dessas Guardiãs que servem ao Alto do Altíssimo pela sua esquerda.

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Pombo Gira Maria Rosa


Maria Rosa é uma pomba-gira que trabalha na linha das almas, mais também recebe suas oferendas em cruzeiros de pomba-giras. 

Trabalha para o amor e tudo que estiver envolvido neste sentido, sendo para união, castigo ou dano. Deve se ter muito cuidado para o que se pede para esta gira, pois ela trabalha da linha de Obá, e é vulgarmente conhecida como Maria Navalhada.

Nunca tente pedir um companheiro(a) para esta entidade se este for casado, pois ela trabalha com as navalhas de baixo da sua saia e voce é quem sairá sofrendo neste dano, pois ela não entrega quem cobiça homem casado. Agora se quiser alguém solteiro e que este não esta lhe dando bola… seus trabalhos são infalíveis e pode apostar que o que pedir terá! basta ter fé no poder desta maravilhosa entidade

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Maria Padilha Rainha das 7 encruzilhadas



O nome Maria Padilha significa Rainha do Fogo, Maria Padilha. Ela é conhecida por muitas variantes que revelam algumas qualidades ou característica desta mulher. Por receber outros apoios ao seu nome alguns podem pensar que se trata de outra Pomba gira, mas na realidade é ela: “Rainha dos Infernos”, “Rainha do Candomblé”, “Rainha das Marias”, “Rainha das Facas”, “Mulher de Lúcifer”, “Rainha da Malandragem”, “Rainha dos Ciganos”, etc. Em cada lugar lhe dão diferentes sobrenomes, que na realidade buscam elogiar essa entidade e transmitir uma maior intimidade. Porém só existe uma Maria Padilha com muitas características e que trabalha em vários lugares diferentes, como encruzilhadas, cemitérios, cabarés entre outras. Embora esse espírito possa ter tido varias encarnações e muitas histórias.


 Dentre suas inúmeras atribuições Pomba Gira Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pomba giras. Às vezes ela é chamada de “rainha sem coroa”, e isso certamente se refere à Maria histórica, que era a rainha do coração de D. Pedro. Seu arquétipo descreve certo tipo de mulher, aquele que exige respeito, e cujo comportamento é real, mesmo se ela é pobre ou da classe trabalhadora. Maria também é um exemplo perfeito de como “espíritos novos” nascem: lendas cresceram em torno da mulher real, que tinha uma reputação de feiticeira, e dentro de cem anos, as bruxas em Espanha e Portugal estavam usando seu nome e chamando seu espírito para ajudar los em suas magias.


Tem predileção – igual ao seu principal marido, Rei das Sete Liras (Lúcifer) – pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas. Possui numerosos amantes ou parceiros, com os quais pode trabalhar, sendo essa parceira que protegerá a determinada pessoa.


Maria Padilha costuma se apresentar como uma mulher formosa, de longos cabelos negros, pele morena, sua idade e físico variam também de acordo com o tipo de caminho ou passagem desta Pomba Gira, pois existem passagens jovens e velhas, mas não importando a idade que apresentem têm o dom da sedução.


Ela gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, das joias, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e da música. É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento. Seu porte é altivo e majestoso, possui características das mulheres que não tem medo de nada.


É muito requisitada para atrair amantes, abrir os caminhos, amarrar parceiras, mas principalmente é muito temida por sua frieza e seu implacável poder na questão de demandas. Algumas das principais Pomba Giras que estão dentro de sua falange, abaixo de sua ordem são: Maria Mulambo; Maria Quitéria; Maria Lixeira; Maria Mirongueira; Maria das Almas; Maria da Praia; Maria Cigana; Maria Tunica; Maria Rosa; Maria Colodina; Maria Farrapos; Maria Alagoana; Maria Bahiana e Maria Navalha.

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Pombo Gira Cigana Sete Facadas


De beleza exuberante e inteligência rara, Elisa se achava uma mulher sem sorte. Vivia infeliz: todos que a cercavam, todos a quem amava pareciam sofrer com ela. Uma maldição, pensava ela. Casada, logo o marido passou a se servir de putas, embora amasse e desejasse a mulher, que só penetrou uma vez, na primeira noite. Apesar de seu tremendo desejo por Elisa, só alcançava a ereção com outras. Ela sofria pelas dores do marido. Ele a acusava de rejeitá-lo e batia nela.

No começo, nem tudo era sofrimento. Daquela única vez nasceu Vitória. A menina cresceu bonita e saudável até os sete anos. Depois começou a definhar. “É a maldição!”, Elisa se culpava. O marido se enterrou de vez nos puteiros, ia chorar sua desventura no colo das putas. Todas as especialidades médicas foram consultadas, todas as promessas foram pagas, todas as rezas foram rezadas.
 
Consultados médiuns e videntes, cartomantes e benzedeiras, padres, pastores e profetas, nada. A saúde da menina decaía dia a dia. Até que Elisa foi bater à porta de mãe Júlia, famosa mãe-de-santo. “Você nasceu com a beleza de Oxum e a majestade de Xangô, mas seu coração é de pombo gira”, disse-lhe a mãe-de-santo, depois de consultar os búzios.
 
A vida recatada de Elisa, seu senso de pudor, sua modéstia, a repressão de costumes que ela mesma se impunha, a falta de interesse pelo sexo, tudo isso negava os sentimentos de seu coração, contrariava sua natureza. A cura, a redenção dela e dos seus, tinha uma só receita: libertar seu coração, deixar sua pombo gira viver. Foi a sentença da mãe-de-santo. 
 

Leve e livre.

Ali mesmo, naquele dia e hora, sem saber como nem por quê, Elisa se deixou possuir por três homens que, no terreiro, tocavam os atabaques. O prazer foi imenso. Sentiu-se leve e livre pela primeira vez na vida.
 
Pensando na filha, voltou correndo para casa e encontrou a menina melhor, muito melhor: corria sorridente, pedia comida, queria brincar.
 
No dia seguinte, Elisa voltou ao terreiro. “Seu caminho é longo ainda”, mãe Júlia disse. Depois a abençoou e se despediu. Um dos homens com quem se deitara no dia anterior lhe deu um endereço no centro da cidade, um local de meretrício, que Elisa começou a freqüentar. Passava as tardes lá, enquanto o marido trabalhava. Voltava para casa mais feliz e esperançosa, a menina melhorava a olhos vistos.
 
Para preservar a honra do marido, Elisa se vestia de cigana, cobrindo o rosto com um véu. O mistério tornava tudo mais excitante. A clientela crescia. O marido soube da nova prostituta e quis experimentar. Na cama com a Cigana, o prazer foi surpreendente, muito maior do que sentira com Elisa e que nunca fora superado com outra mulher. Seria escravo da Cigana se ela assim o desejasse. Mas a Cigana nunca mais quis recebê-lo.
 
A insistência dele foi inútil. “Um dia te mato na porta do cabaré”, ele a ameaçou, ressentido e enciumado. Ela se manteve irredutível.
 
Num entardecer de inverno, ele esperou pela Cigana na porta do puteiro e, na penumbra, lhe deu sete facadas. Assustado, olhou o corpo ensangüentado da morta estirado no chão e reconheceu, no piscar do néon do cabaré, o rosto desvelado de Elisa. Um enfarto o matou ali mesmo.
 
Longe dali, no terreiro de mãe Júlia, o ritmo dos tambores era arrebatador. As filhas-de-santo giravam na roda, esperando a incorporação de suas entidades.
Na gira, exus e pombo giras eram chamados. Os clientes, que lotavam a platéia, esperavam sua vez de falar de seus problemas e resolver suas causas. As entidades foram chegando, e o ambiente se encheu de gargalhadas e gestos obscenos. O ar cheirava a suor, perfume barato, fumaça de tabaco, cachaça e cerveja. A força invisível da magia ia se tornando mais espessa, quase podia ser tocada.
 
Cada entidade manifestada no transe se identificava cantando seu ponto. De repente, uma filha-de-santo iniciante, e que nunca entrara em transe, incorporou uma pombo gira.
 
Com atrevimento ela se aproximou dos atabaques e cantou o seu ponto, que até então ninguém ali ouvira: 
 
“Você disse que me matava
na porta do cabaré
Me deu sete facadas
mas nenhuma me acertou
Sou Pombo gira Cigana
aquela que você amou
Cigana das Sete Facadas
aquela que te matou”.
 
Mãe Júlia correu para receber a pombo gira, abraçou-a e lhe ofereceu uma taça de champanhe. “Seja bem-vinda, minha senhora. Seu coração foi libertado”, disse a mãe-de-santo, se curvando.
Pombo gira Cigana das Sete Facadas retribuiu o cumprimento e, gargalhando, se pôs a dançar no centro do salão.
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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Pombo Gira Rainha dos Sete Cruzeiros


A Pombo Gira Rainha dos Sete Cruzeiros da Calunga (Pombo Gira dos Sete Cruzeiros), é uma entidade muito forte, e todo cuidado deve ser tomado no que se refere à sua evocação, conjuração ou mesmo quanto a sua incorporação. Como seu próprio nome já diz, trabalha com as radiações e energias do Cruzeiro do cemitério.
 
Seus despachos, oferendas, ebós, amalás e similares, na maioria dos casos devem ser colocados neste local, mudando apenas por ordem explicita da mesma. Atua esta entidade, em casos onde casais estejam brigando, chegando ao ponto de poderem se matar.
Possui esta entidade a capacidade de anular quaisquer trabalhos feitos dentro do cemitério, ou mesmo no Cruzeiro, que possuam este objetivo, ou seja de destruir por completo um casamento, uma família.
É sua força também requisitada, quando há problemas com um dos cônjuges, por exemplo, quando há frigidez, impotência, e similares, e que por conseqüência destes distúrbios físicos venha ocorrer transtornos na vida do casal. Os resultados são os melhores, havendo a extinção radical destes problemas. 
 
É também muito requisitada esta entidade, quando o consulente, é vítima de perseguições, injustiças e demandas espirituais. Esta pomba Gira, tem grande destaque pois é a companheira de Exala uma lascívia, e é grande auxiliadora em casos de amor, somente em casos de amor, mas amor de verdade, podendo ser funesto os resultados de sua ajuda a paixões pérfidas.
 
É de uma beleza e vaidade raras. Admira verdadeiramente as pessoas que lutam por seus ideais. Aprecia ser presenteada, contudo não exige presentes por seus trabalhos, exige sim, os materiais necessários para realização de seus encantamentos e realização de seus trabalhos.
 
Há quem confunda a Rainha do Cruzeiro com a Rainha das Sete encruzilhadas, mais saibam que são duas entidades de muito respeito, mas bem distintas… A Rainha do Cruzeiro governa com o Exu do Cruzeiro das Almas , todos os cruzeiros centrais do campo santo, onde são enviados todas aquelas entidades que querem fazer parte do Reino dos Exus e esperam a suas distintas colocações e seleção. 
 
Para fazer parte deste povo maravilhoso, não basta querer, tem que merecer e ser capaz de assumir e cumprir todas as missões especificadas pelo astral médio e superior. A Pombo-Gira Rainha do Cruzeiro trabalha para a Rainha das sete encruzilhadas, elas pertencem a mesma falange, mais suas funções se diferenciam no mundo astral.
 
A Rainha do Cruzeiro é uma pomba-gira muito exigente e muito fria no seu modo de agir, pois esta mais acostumada a lidar com espíritos mais perversos. Por isto quando chega no mundo, vem para brindar, e dançar… não gosta de muitas brincadeiras, faz a sua gira e já procura um lugar para sentar! Quando simpatiza com alguém esta pessoa já tem sua proteção de graça, mais quando não gosta, faz questão de ignorar, mostrando que dela nada irão ter. 
 
Adora usar poucas roupas e insinuantes, mais quase sempre está enrolada em uma capa de veludo preto e bordo. Tem verdadeiro facínio por perfumes e rosas vermelhas e brancas. Suas oferendas não podem faltar cigarrilhas e champanhes doces e caras.
 
 
Lenda
 
 
O Senhor das Encruzilhadas, quando chegou no mundo astral, pegou a gira do cruzeiro como companheira e ela lhe mostrou todo o astral inferior, e nestas andanças ao limbo ele encontra sua antiga mulher que era sua Rainha na vida terrena a qual nunca esqueceu e então passou a cuida-la. 
 
Quando o exu Mor nomeou o Senhor das Encruzilhadas em Rei das Sete Encruzilhadas… ele ordenou que a Gira do Cruzeiro tomasse conta do astral inferior lhe dando o título de Rainha do Cruzeiro… e foi viver com sua antiga mulher no médio astral… onde a titulou como Rainha das Sete encruzilhadas, dando a ela todos os poderes que a ele foi dado pelo o Exu Mor.
 
A Rainha do Cruzeiro se sentido abandonada pelo Exu Rei, resolveu formar seu próprio reinado e nomeou o Exu do Cruzeiro das almas como seu fiel escudeiro e namorado.
 
Os dois juntos governam os reinos dos cruzeiros das almas, mais também recebem suas oferendas em encruzilhadas. É falso quando dizem que as duas Rainhas é uma só ou que ambas se odeiam… São rainhas de reinos distintos que quando na terra muito se respeitam.
 
A Rainha do cruzeiro gosta de trabalhar para a sedução pois é uma pomba-gira muito sedutora, costuma se apresentar com cabelos loiros acastanhados, Olhos claros e chamativos seus trajes são curtos negros e vermelhos, trabalha para a guerra e amarração de casais que se amam, mais nunca peça a ela para separar um casal, pois ela se aborrecerá profundamente com quem for lhe pedir este intento!