São 12 horas em ponto e o sino já bateu. Sei que nesta hora, pela força do vento a poeira vai subir, e com ela também subirá todo o mal que estiver no meu corpo, no meu caminho e na minha casa. Tudo se afastará da minha vida. É com a força e Axé de Maria Padilha que meus caminhos, a partir deste momento em que os ponteiros se separam, estarão livres de todos os males materiais e espirituais, pois a luz que clareia o caminho de Maria Padilha também há-de clarear s meus caminhos, para isto estarei sempre de posse desta oração.
(Ao fazer a oração bata com o pé direito, 12 vezes, no chão)
domingo, 1 de dezembro de 2013
Oração a Pombagira
Pomba Gira, força Divina de Olorum, estimula nosso progresso. Estimula nossa evolução. estimula nossas melhores qualidades. Fé, Amor, Lei, Justiça e Conhecimento sem estimulo de vosso mistério estagnam.Tudo estanca sem o desejo de desenvolvimento. E como vosso mistério é este, auxilia-nos a seguir na senda luminosa sem quedas por desejar o que não se merece e desdenhar o que o Pai nos oferece.
Livrai-nos desse tormento, para não ambicionar-mos o errado, mas desejar sermos corretos, na natureza divina em que fomos criados.
Amém
Livrai-nos desse tormento, para não ambicionar-mos o errado, mas desejar sermos corretos, na natureza divina em que fomos criados.
Amém
Oração á Pombagira Maria Mulambo das Almas
Senhora das almas aflitas, ajuda-me a prosseguir meu caminho em paz e segurança.
Levai as almas perdidas que rondam minha vida.
Vem com tua força e bondade em meu socorro.
Salve a Guardiã Mulambo das Almas!
(A oração à Pomba Gira Maria Mulambo das Almas, deve ser feita quando a intenção é o encaminhamento de almas perdidas que não querem ou não conseguem libertar-se dos vínculos que as prendem na vida material e por consequência, dificultam a vida das pessoas às quais estão ligadas. Pode ser feita em qualquer lugar. Podem ser entregues 7 velas brancas, 7 pães, 1 garrafa de água. No caso os elementos acima são usados em benefício das almas que ainda estão presas as sensações de fome e sede. Essa entrega pode ser realizada em uma Igreja que tenha Cruzeiro das Almas e que permita a oferta de velas. Os 7 pães e a água podem ser deixados numa sacola ou entregue aos carentes que estiverem na Igreja.)
Levai as almas perdidas que rondam minha vida.
Vem com tua força e bondade em meu socorro.
Salve a Guardiã Mulambo das Almas!
(A oração à Pomba Gira Maria Mulambo das Almas, deve ser feita quando a intenção é o encaminhamento de almas perdidas que não querem ou não conseguem libertar-se dos vínculos que as prendem na vida material e por consequência, dificultam a vida das pessoas às quais estão ligadas. Pode ser feita em qualquer lugar. Podem ser entregues 7 velas brancas, 7 pães, 1 garrafa de água. No caso os elementos acima são usados em benefício das almas que ainda estão presas as sensações de fome e sede. Essa entrega pode ser realizada em uma Igreja que tenha Cruzeiro das Almas e que permita a oferta de velas. Os 7 pães e a água podem ser deixados numa sacola ou entregue aos carentes que estiverem na Igreja.)
Oração a Pombagira
Senhora Pomba Gira, que atua na luz e na lei do nosso Divino Criador, nós te pedimos que com vossas forças e irradiações divinas a Senhora nos ajude, esgotando em nós todos os vícios que fazem mal à nossa alma, nosso espírito e nosso corpo. Que não sejamos atormentados e vampirizados por nenhum desejo desvirtuado. Que a Senhora equilibre nosso emocional, despertando em nós as vontades do nosso Divino Criador.
Pedimos também, Senhora Pomba Gira, que nas irradiações da nossa Mãe Oxum a Senhora nos mostre o melhor meio de amar, respeitar e ajudar a nós mesmos e aos nossos semelhantes, para que assim nosso íntimo seja reformado. E que, nas irradiações de nossa Mãe Iemanjá a Senhora leve para as profundezas do mar sagrado, todas as nossas dores, aflições e tormentos, fortalecendo o nosso desejo pela vida. E que, junto com a Mãe Nanã, a Senhora cure todos os males do nosso espírito, da nossa matéria, e com nossa Divina Santa Sara e o povo cigano a Senhora corte, desmanche e quebre todas as ações negativas enviadas a nós para que, livres e felizes, possamos seguir nosso caminho e cumprir nossa missão com vosso amparo divino.
Salve todas as Pomba Giras!
Pedimos também, Senhora Pomba Gira, que nas irradiações da nossa Mãe Oxum a Senhora nos mostre o melhor meio de amar, respeitar e ajudar a nós mesmos e aos nossos semelhantes, para que assim nosso íntimo seja reformado. E que, nas irradiações de nossa Mãe Iemanjá a Senhora leve para as profundezas do mar sagrado, todas as nossas dores, aflições e tormentos, fortalecendo o nosso desejo pela vida. E que, junto com a Mãe Nanã, a Senhora cure todos os males do nosso espírito, da nossa matéria, e com nossa Divina Santa Sara e o povo cigano a Senhora corte, desmanche e quebre todas as ações negativas enviadas a nós para que, livres e felizes, possamos seguir nosso caminho e cumprir nossa missão com vosso amparo divino.
Salve todas as Pomba Giras!
Guardiã Cigana Sete Facadas
ESPÍRITO DE MULHER, ESSE EXU FEMININO CULTUADO NA QUIMBANDA É USADO PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS RELACIONADOS AO AMOR E À SEXUALIDADE
De beleza exuberante e inteligência rara, Elisa se achava uma mulher sem sorte. Vivia infeliz: todos que a cercavam, todos a quem amava pareciam sofrer com ela. Uma maldição, pensava ela. Casada, logo o marido passou a se servir de putas, embora amasse e desejasse a mulher, que só penetrou uma vez, na primeira noite. Apesar de seu tremendo desejo por Elisa, só alcançava a ereção com outras. Ela sofria pelas dores do marido. Ele a acusava de rejeitá-lo e batia nela.
No começo, nem tudo era sofrimento. Daquela única vez nasceu Vitória. A menina cresceu bonita e saudável até os sete anos. Depois começou a definhar. "É a maldição!", Elisa se culpava. O marido se enterrou de vez nos puteiros, ia chorar sua desventura no colo das putas. Todas as especialidades médicas foram consultadas, todas as promessas foram pagas, todas as rezas foram rezadas.
Consultados médiuns e videntes, cartomantes e benzedeiras, padres, pastores e profetas, nada. A saúde da menina decaía dia a dia. Até que Elisa foi bater à porta de mãe Júlia, famosa mãe-de-santo. "Você nasceu com a beleza de Oxum e a majestade de Xangô, mas seu coração é de pombagira", disse-lhe a mãe-de-santo, depois de consultar os búzios.
A vida recatada de Elisa, seu senso de pudor, sua modéstia, a repressão de costumes que ela mesma se impunha, a falta de interesse pelo sexo, tudo isso negava os sentimentos de seu coração, contrariava sua natureza. A cura, a redenção -dela e dos seus-, tinha uma só receita: libertar seu coração, deixar sua pombagira viver. Foi a sentença da mãe-de-santo.
Leve e livre
Ali mesmo, naquele dia e hora, sem saber como nem por quê, Elisa se deixou possuir por três homens que, no terreiro, tocavam os atabaques. O prazer foi imenso. Sentiu-se leve e livre pela primeira vez na vida.
Pensando na filha, voltou correndo para casa e encontrou a menina melhor, muito melhor: corria sorridente, pedia comida, queria brincar.
No dia seguinte, Elisa voltou ao terreiro. "Seu caminho é longo ainda", mãe Júlia disse.
Depois a abençoou e se despediu. Um dos homens com quem se deitara no dia anterior lhe deu um endereço no centro da cidade, um local de meretrício, que Elisa começou a freqüentar. Passava as tardes lá, enquanto o marido trabalhava. Voltava para casa mais feliz e esperançosa, a menina melhorava a olhos vistos.
Para preservar a honra do marido, Elisa se vestia de cigana, cobrindo o rosto com um véu. O mistério tornava tudo mais excitante. A clientela crescia. O marido soube da nova prostituta e quis experimentar. Na cama com a Cigana, o prazer foi surpreendente, muito maior do que sentira com Elisa e que nunca fora superado com outra mulher. Seria escravo da Cigana se ela assim o desejasse. Mas a Cigana nunca mais quis recebê-lo.
A insistência dele foi inútil. "Um dia te mato na porta do cabaré", ele a ameaçou, ressentido e enciumado. Ela se manteve irredutível.
Num entardecer de inverno, ele esperou pela Cigana na porta do puteiro e, na penumbra, lhe deu sete facadas. Assustado, olhou o corpo ensangüentado da morta estirado no chão e reconheceu, no piscar do néon do cabaré, o rosto desvelado de Elisa. Um enfarto o matou ali mesmo.
Longe dali, no terreiro de mãe Júlia, o ritmo dos tambores era arrebatador. As filhas-de-santo giravam na roda, esperando a incorporação de suas entidades.
Na gira de quimbanda, exus e pombagiras eram chamados. Os clientes, que lotavam a platéia, esperavam sua vez de falar de seus problemas e resolver suas causas. As entidades foram chegando, e o ambiente se encheu de gargalhadas e gestos obscenos. O ar cheirava a suor, perfume barato, fumaça de tabaco, cachaça e cerveja. A força invisível da magia ia se tornando mais espessa, quase podia ser tocada.
Cada entidade manifestada no transe se identificava cantando seu ponto. De repente, uma filha-de-santo iniciante, e que nunca entrara em transe, incorporou uma pombagira.
Com atrevimento ela se aproximou dos atabaques e cantou o seu ponto, que até então ninguém ali ouvira: "Você disse que me matava/na porta do cabaré/ Me deu sete facadas/ mas nenhuma me acertou/ Sou Pombagira Cigana/ aquela que você amou/ Cigana das Sete Facadas/ aquela que te matou".
Mãe Júlia correu para receber a pombagira, abraçou-a e lhe ofereceu uma taça de champanhe. "Seja bem-vinda, minha senhora. Seu coração foi libertado", disse a mãe-de-santo, se curvando.
Pombagira Cigana das Sete Facadas retribuiu o cumprimento e, gargalhando, se pôs a dançar no centro do salão.
Biografias míticas
Essa é uma história de ficção, mas poderia não ser. É baseada em relatos que ouvi e li em anos de pesquisa sobre umbanda e candomblé. Pombagiras são espíritos de mulheres, cada uma com sua biografia mítica: histórias de sexo, dor, desventura, infidelidade, transgressão social, crime.
Pombagira é um exu, um exu feminino. Na concepção umbandista, o termo exu nomeia dezenas de espíritos de homens e mulheres que em vida tiveram uma biografia socialmente marginal.
O culto dessas entidades é reunido na quimbanda, uma das divisões da umbanda, hoje em dia também encontrada em muitos terreiros de candomblé.
A quimbanda cuida das situações de vida que a moralidade dos caboclos e pretos-velhos, que compõem a outra divisão da umbanda, rejeita e reprime.
Pombagira tem múltiplas identidades, cada uma com nome, aparência, preferências, símbolos, mito e cantigas próprios. Entre dezenas há: Pombagira Rainha, Maria Padilha, Sete Saias, Maria Molambo, Pombagira das Almas, Dama da Noite, Sete Encruzilhadas.
Apela-se especificamente às pombagiras para a solução de problemas relacionados a fracassos e desejos da vida amorosa e da sexualidade. Pombagira junta e separa casais, protege as mulheres, propicia qualquer tipo de união amorosa ou erótica, hétero ou homossexual.
aspirações e frustrações
Para a pombagira e seus companheiros exus, qualquer desejo pode ser atendido. Por meio dos pedidos feitos às pombagiras, podemos entender algo das aspirações e frustrações de parcelas da população que estão de certo modo distantes de um código de ética e moralidade embasado em valores da tradição ocidental cristã.
O culto dá acesso às dimensões mais próximas do mundo da natureza, dos instintos, das pulsões sexuais, das aspirações e desejos inconfessos.
Revela esse lado "menos nobre" da concepção de mundo e de agir no mundo. Umbanda e candomblé são religiões que aceitam o mundo como ele é e ensinam que cada um deve lutar para realizar seus desejos.
Por isso, com freqüência são vistas como liberadoras. Não se crê no pecado nem em premiação ou punição após a morte. A vida é boa e deve ser levada com prazer e alegria.
Nessa busca da realização dos anseios humanos mais íntimos, exus e pombagiras reforçam sem dúvida uma importante valorização da intimidade, às vezes obscura, de cada um de nós, pois para os exus e pombagiras não há desejo ilegítimo nem aspiração inalcançável nem fantasia reprovável.
Referências
Autor:REGINALDO PRANDI
Pomba Gira Cigana da Mata
Esta entidade de pomba-gira trabalha na linha de Oxossi, e muitas vezes se apresenta como a cabocla Jurema. Seus domínios é muito grande e seu condutor é o Exu da Mata. Esta entidade esta sempre disposta a ajudar a quem for pedir a sua ajuda. Ela se apresenta em forma de índia e sua oferendas são coloridas. Adora receber incenso ao invés de velas , prefere bandeja de flores e frutas e não gosta de cigarrilhas, bebe vinho tinto e suave e gosta de perfumes e adornos para usar nos braços e pernas.
Esta entidade trabalha para abertura de caminhos... sendo para a saúde e negócios... faz amarras de amor, mais só quando esta bem incorporada. Ajuda as pessoas a resolver problemas de justiça e achar objetos perdidos. Suas oferendas são ofertadas nos cruzeiros de matas ou em cima de árvores frondosas. Dispensa toalhas e papeis de seda por folhas de mamoneiro ou bananeiras. Saravá a Senhora das Matas!
Pontos Cantados
Do meio da mata se ouve um grito...o vento sopra em nossa direção,...trás em nossas narinas o perfume suave da dona das matas, juremas e nanas...Salve a mulher do arco-iris salve o exu coberto de flor...Vem chegando pomba-gira da mata...trazendo consigo muito mel e fervor.
Guardiã Cigana do Pântano
Esta entidade é muito rara se ouvir falar... até porque seu nome mais vulgar é Pomba-Gira do Brejo.. Mais saibam que esta Pomba-Gira tem uma função muito importante dentro da umbanda. Esta linda entidade habita os pantanais e os brejos do baixo astral onde se dedica ao trabalho de socorro e assistência as almas imundas que nestes lugares habitam. Esta gira é muito utilizada para limpezas astrais e para afastar de seus filhos de fé baixas vibrações e obsessões de espíritos perdidos. Esta gira quando incorporada é sempre muito firme das sua maneira de ser... é de pouca conversa, pois vem sempre para trabalhar. Não costuma beber e nem usa flores nos seus trabalhos e tentar amarrar alguém com esta entidade é trabalho desperdiçado, pois não trabalha para o amor! Esta gira já foi muito usada pelos pantaneiros para vingança e danos... mais que também divide o karma com quem pediu... Por isto esta entidade deve se ter muito respeito e cuidado ao trata-la porque sua função real não é fazer o mal e sim guardar as almas perdidas no limbo o que ela faz com muito afinco
“Olha que moça linda que vem por ali... Seus cabelos são vermelhos e seus lábios carmim, ela é a gira do brejo, que sai do seu limbo para nos servir...”
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