segunda-feira, 30 de março de 2015

Sete Veus

 
Esta entidade é da linha das almas, é conhecida 
como sete véus porque foi deixada na porta do altar sete vezes.
Esta entidade nunca explicou o real motivo destes abandonos.
Desencarnou por suicídio e sua mãe a cobriu com seus setes véus...
 quando chegou no astral ainda no limbo, foi socorrida pelo povo
 das almas que já a conhecia como mariazinha dos véus.
Depois de um longo tempo trabalhando no resgate de espíritos
 suicidas mariazinha foi convidada por Exu Tranca- Ruas
para trabalhar na Umbanda em prol da humanidade... 
aceitação foi instantânea e sua dedicação a umbanda também...
 assim esta pomba-gira passou a ser chamada de Sete Véus!
Recebe seus pedidos e oferendas nos cruzeiros e portas de cemitérios
 ou de igreja, Gosta de velas brancas perfumadas e tule e contas de
 cristal na cor preta e branca... Trabalha para o amor e é ótima
 casamenteira esta é a pomba-gira Sete Véus, sempre pronta a 
ajudar a quem precisar de sua assistência.

sábado, 28 de março de 2015

POMBA GIRA ROSA CAVEIRA

Bom essa Lenda que será contada aqui, pertence à uma de suas vidas passadas, lembrado que nem sempre a Rosa Caveira que incorpora em Cicrano, é a mesma que incorpora Fulano. Então a historia poderá ser diferente da outra, mas sempre será a mesma Rosa Caveira. Larôye Pomba Gira.
Ela viveu aproximadamente á 2.300 anos antes de Cristo, na região da Mongólia, os seus pais eram agricultores e tinham muita terra. Ela era uma das 7 filhas do casal, sendo que seu nascimento, deu-se na primavera e a mãe dela tinha um jardim muito grande de rosas vermelhas e amarelas, que rodeava toda sua casa. E foi nesse jardim, onde ocorreu seu parto. Seus pais além de serem agricultores, também eram feiticeiros, mas só praticavam o bem para aqueles que os procuravam, e sua mãe tinha muita fé em um cruzeiro que existia atrás de sua casa no meio do jardim, onde seus parentes eram enterrados. No parto da Rosa Caveira, a mãe estava com problemas, e dificultava o nascimento da mesma e estava perdendo muito sangue, podendo até morrer no parto. Foi quando a avó da Rosa Caveira que já havia falecido há muito tempo, e estava sepultada naquele cemitério atrás de sua casa, vendo o sofrimento de sua filha, veio espiritualmente ajuda-la no parto, sendo  que sua mãe com muita dificuldade e a ajuda de sua avó (falecida), conseguiu dar a luz a Rosa Caveira, e como prova de seu Amor a neta, sua avó, colocou em sua volta, várias Rosas Amarelas e pediu a sua filha que a batiza-se com o nome de ROSA CAVEIRA, pelo fato dela ter nascido em um jardim repleto de Rosas e encima de um Campo Santo (cemitério), e também por causa da  aparência Astral de sua mãe (avó), que aparentava uma Caveira. E em agradecimento a ajuda da mesma, ela colocou uma Rosa Amarela em seu peito e segurando a mão de sua mãe, a batizou com o nome de ROSA CAVEIRA DO CRUZEIRO, conhecida com o nome popular de Rosa Caveira.
Ela cresceu com as irmãs,  mas sempre foi tratada de modo diferente pela suas irmãs, sempre quando chegava a data de seu aniversario sua avó ia visitá-la (espiritualmente), e por causa destas visitas e carinho que seus pais tinham a ela, suas irmãs começaram a ficar com ciúmes e começaram a maltratar a Rosa, debochar dela, chamar ela de amaldiçoada pois havia nascido encima de um Campo Santo e seu parto feito por uma morta, de caveira dos infernos, etc. E a cada dia que se passava, Rosa ficava com mais raiva de suas irmãs. Então ela pediu para seus pais, que ensinasse a trabalhar com magia, mas não para fazer maldade, mas sim para sua própria defesa, e ajuda de pessoas que por ventura a fosse procurar. Sua avó vinha sempre lhe dizer que ela precisaria se cuidar, pois coisas muito graves estariam para acontecer. Seu pai muito atencioso a ensinou tudo o que ela poderia apreender, e também ensinou-a a manejar espadas, lanças, punhais, ou seja, armas em geral. Sua mãe lhe ensinou tudo o que poderia ser feito com ervas, porções, perfumes, e principalmente o que se poderia fazer em um Cruzeiro. Foi ai que suas irmãs ficaram com mais raiva ainda, pois ela estava sendo preparada para ser uma grande Feiticeira, e sendo ajudada por seus Pais e sua Avó, e zombava mais ainda dela, chamando-a de mulher misturada com homem e demônio, uma aberração da natureza, não por causa de sua aparência, pois ela era linda, mas sim por vir ao mundo nas mãos de uma Caveira (sua avó), e ter nascido encima de um
Cemitério.

Pomba Gira Maria Farrapo



Parceira direta de dona Maria Molambo e faz parte da mesma hierarquia, ou seja, da mesma falange. Geralmente vem em terra em pontos cantados a Maria Molambo.  Isso se da devido a aproximação de ambas.
Sua marca registrada é sua ironia. Direta, clara e objetiva. São Pombas Giras serias, fies e determinadas. São as guardiãs do trono de Maria Mulambo.  Trabalham cobrando carma e retorno de demandas.
Quando Mulambo é procura sempre há uma Farrapo ao lado correndo gira. A falta de compreensão faz com que seus médiuns trabalhem como se estivessem bêbados.
É necessário muita sintonia e contato com esta guardiã para poder incorporar sua real e essência.
Bebida:
Finas e caras e fortes.
Fuma:
Cigarros e cigarrilhas
Guia:
Vermelha e
preta
Lugar:
Encruzilhada em T
Metal:
prata
Mineral:
Ônix
Planta:
Rosas, aroeira.
Vela:
Preta e vermelha.
Farrapo responde nos pontos riscados de suas parceiras.
 Maria Molambo
 Maria Quitéria
O ponto cantado é outra maneira do guia nos revelear sua identidade. São musicas, curimbas onde eles cantam contando sobre sua historia ou passagens de suas vidas. Brincam, ensinam e ate advertem através dos pontos cantados. São versos rimados simples e fáceis de cantar. Existem vários e centenas e podem ser utilizados para saudar, louvar, agradecer e ate mesmo invocar o Guia ou espírito.
Maria Farrapo, 
no terreiro te chamamos.
Firma teu ponto,
que tua força precisamos.

Vem trabalhar o teu mistério,
aplicar a lei de Umbanda.
Desfazer o mal entendido,
e mostrar quem é que manda.
Da Calunga à Encruzilhada,
do Cruzeiro ao Cabaré
Vem Maria Farrapo,
concedendo seu axé.


PONTO DA FALANGE MARIA  FARRAPO 
(Claudia Baibich)

Estou sempre caminhando,
vendo sempre muita dor.
Vejo almas que se perdem,
sem ouvir seu protetor.
Filho de fé,
não escute a voz do mal.
Vence aquele que resiste,
com consciência e  moral.
Sou Maria Farrapo, 
e minha falange tem poder.
Sou amiga da justiça,
e não me deixo corromper.



PONTO DE SUBIDA DE MARIA FARRAPO
(Claudia Baibich)

Maria Farrapo vai embora,
 
levando o mal que aqui havia.
Vai girando mundo afora,
desfazendo a hipocrisia.



Todos os direitos autorais reservados 
ao Jornalista 
Magno Constantino

Pomba-Gira Maria Mulambo

No post de hoje, vamos conhecer um pouco da história da Pomba-Gira Maria Mulambo! É superinteressante!
Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo, linda e delicada, sempre tratada com carinho e as pessoas a chamavam de princesinha.
Aos 15 anos, foi pedida em casamento para enlace com o filho do Rei de 40 anos, mas foi um casamento sem amor, apenas para unir fortuna.    Passaram-se muitos anos e Maria não engravidava e o Rei precisava de um sucessor. Maria sofria em um casamento sem amor e ainda chamavam-na de árvore seca.  Nessa época, toda mulher que não tinha filhos era chamada desse nome, além de ser amaldiçoada.
Paralelamente a isso,  Maria praticava a caridade, vivia no meio de povoados pobres ajudando os doentes. Nessas idas e vindas, conheceu um homem dois anos mais velho que ela, era viúvo recentemente e tinha três filhos dos quais cuidava com muito amor e carinho.  Foi amor à primeira vista, mas os dois não se aceitavam.
O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria considerada rainha daquele país.   O povo adorava Maria, mas alguns com inveja a consideravam árvore seca.
No dia da coroação, o povo não sabia o que oferecer a Maria, então, fizeram um tapete de flores para que ela fosse conduzida ao local.  Maria se emocionou, mas o Príncipe, agora Rei, não gostou. Ao chegara a casa, trancou-a no quarto e lhe deu a maior surra e a partir daí, Maria sofria muito com diversos socos e pontapés diários.
Mesmo machucada, Maria não parou com a caridade.  Foi aí que seu amado resolveu se declarar e pediu para que eles fugissem escondidos, assim viveriam  aquele grande amor.  Combinaram tudo! As crianças ficariam com os pais do rapaz até que tudo se normalizasse.    Maria fugiu apenas com a roupa do corpo, deixando toda riqueza para trás.
Maria passou a viver na pobreza, mas era feliz e engravidou! A notícia correu por todo o país e chegou aos ouvidos do Rei. Ele se desesperou em constatar que era a árvore seca. Ficou louco e desejava muito limpar sua honra.
Sendo assim, o Rei pediu para que os guardas prendessem Maria que passou a ser chamada de Maria Mulambo. Ele ordenou que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e a jogassem na parte mais funda do rio.
Ninguém ficou sabendo desse crime, mas sete dias depois do acontecido, começaram a nascer flores às margens do rio, o que nunca havia ocorrido naquele local e também havia abundância de peixes.
Seu amado desconfiou e mergulhou nas águas do rio, encontrando o corpo de Maria que mesmo depois de dias estava intacto. Seus mulambos haviam se transformado em roupa de rainha coberta de joias. Velaram seu corpo e fizeram uma cerimônia digna de rainha e, posteriormente, cremaram seu corpo.   Logo após,  o Rei enlouqueceu e seu amado nunca mais se casou.
Maria Mulambo mostra-se sempre linda e sedutora, gosta de licores, batons e cigarrilhas de boa qualidade.
Sua missão é tratar do lixo espiritual, curar depressão e fazer cada um confiar mais em si e em sua própria potencialidade!
Laroiê Mulher Maria Mulambo!!! Salve! Salve!

Pomba Gira 7 Caveiras da Encruzilhada do Cemitério

Venho acolher e resgatar. No cemitério, ofereço minha capa e luz para dar luz aos que desistiram. Luz e proteção aos que querem se levantar.
Desirée Varella Bianeck - Médium do Terreiro do Pai Maneco
Recebi seu nome, depois de três anos trabalhando com ela, no meio da rua. Do nada, no meio da XV de Novembro, sinto sua aproximação. “Minha mãe, já que a senhora está aqui, não gostaria de aproveitar e me dizer seu nome?” E escutei: “7 Caveiras”. E só. Fiquei super feliz. Algum tempo depois, num sonho daqueles que só a Umbanda nos dá, daqueles em que saímos de nós mesmos e continuamos trabalhando junto aos espíritos maravilhosos do Terreiro, ela completou a mensagem. Tomando-me pela mão, me leva até o ponto do Seo 7 Encruzilhadas. "Hoje você vai trabalhar aqui. E meu nome é 7 Caveiras da Encruzilhada do Cemitério, mas por enquanto, tá bom 7 Caveiras mesmo. Eu trabalho da terceira encruzilhada depois do portão do cemitério”.
Quando das primeiras incorporações ficava constrangida: por mim e por ela. Tocado o ponto de Dona Maria Molambo, eu saía me contorcendo e gargalhando (muito tempo depois descobri o porquê dessas gargalhadas e porque vinha no ponto da Dona Maria Molambo). Pedia que ela não chegasse tão ‘aparecida, pois queria ajudar quietinha, sem ninguém me ver. Muitas vezes camboneei em gira de Exu, para não passar por isso. Nessa mesma época, eu camboneava, por vezes, uma Pombagira chamada Dona Ana Rosa, com a qual tenho uma história importantíssima em minha vida. Em certo dia, camboneando Dona Ana Rosa, acontece algo maravilhoso. Ela se levantou e colocou seu lenço sobre os ombros de sua médium e enquanto encostava sua cabeça na minha, trocou de cavalo. Ali estava eu, tremendo muito e incorporada com a Pombagira que tanto amava e a quem sempre recorria. A sensação que tive foi algo espetacular. A luz daquela mulher era tão gigantesca, que não cabia em mim. Saí do terreiro levitando, cantando e pulando. Essa era a energia daquela Pombagira! Luz e alegria! Fiquei maravilhada com o que senti. Os Exus são seres de muita luz! Ninguém me contou, eu vi! Por minha ligação com ela, sempre que podia, levava flores para Dona Ana Rosa, lhe fazia entregas, pedia e agradecia.
Depois de um tempo, Dona 7 Caveiras não chegava mais rindo e me explicou dentro de minha alma: queria que eu perdesse a vergonha de incorporar e não precisava mais chegar fazendo estardalhaço. Tratamento de choque. Depois de um tempo me acostumei com suas risadas e comecei a incorporar sem me preocupar. Em uma gira me deu outro importante recado. Chamou uma irmã de corrente e disse: “Diga ao meu cavalo que quero uma entrega grande. Ela só agradece a outra e na hora do bicho pegar sou eu que estou com ela. Eu fico com o trabalho pesado e a outra é que ganha flor”.
Naquele dia aprendi que podia amar outras entidades, mas devia cuidar daqueles que se dispunham a me cuidar e que por algum motivo que desconheço, se tornaram responsáveis pelo meu desenvolvimento. Ela era a responsável por mim e era quem me agüentava. Fiz a sua entrega e passei a me dirigir a ela em hora de aflições. Como disse de início, seu nome só veio muito tempo depois.
Já no toco, ficava me questionando sobre algumas coisas. Dona 7 Caveiras era muito querida com os consulentes, delicada até. Cuidando sempre da forma certa de falar, pra não magoar. Pensava eu: “ela é muito delicada pra uma pombagira caveira. Será que é mesmo Caveira? Ela deve ser mais brava, mas na 3ª energia fica mais tranqüila. Eu é que fico cuidando com o que digo às pessoas”. Que ilusão, eu achando que EU deixava a pombagira mais amorosa com as pessoas!
Há pouco tempo tive permissão de fazer uma psicografia. Queria saber mais sobre ela. Não entendia o porquê de seu ponto riscado ter 7 cruzes e não 7 caveiras que era seu nome. E como ela tinha pedido uma capa ao Seu Tranca Ruas das Almas e ele tinha autorizado, queria saber a cor pra que mandasse fazer. Esse era o meu objetivo, mas ganhei muito mais. Relato abaixo o que transcrevi ao Pai Fernando após o contato:
“Pai Fernando estou escrevendo ainda sob impacto e vibração da mensagem deixada pela Pombagira com quem trabalho, Dona 7 Caveiras da Encruzilhada do Cemitério. Pedi que ela me falasse sobre a cor de sua capa e confirmasse o ponto que normalmente risca e qualquer outra mensagem que quisesse me dar. Ela primeiro me passou um ponto cantado e depois comecei a psicografar. Ela explicou porque sua capa é preta por fora e vermelha por dentro. E enquanto escrevia, a vi no cemitério. Usava uma capa que cobria a cabeça também. Sua saia tinha muitos pedaços de esqueleto amarrados, como amuletos e que faziam barulho quando andava. Enquanto ela falava sobre sua atividade fui tomada por uma emoção tão forte...eu estava com ela, sentindo a sua história e sua emoção ao contar sobre o que faz. Chorei convulsivamente enquanto escrevia, mas com a certeza absoluta que era a emoção dela que eu compartilhava. Ainda to impactada. As imagens tão emocionantes do momento em que foi resgatada e do tipo de trabalho que faz a partir do que vivenciou após seu desencarne são de cortar o coração e ao mesmo tempo acolhedoras, confortadoras...não sei definir...sinto dela um acalanto, um carinho, um abraço tão quente e aconchegante...como um colo de mãe depois de um período de solidão e frio. A imagem que tive foi do Seu Tranca Ruas das Almas e da Dona Maria Molambo a resgatando. Logo depois, a vi resgatando uma outra pessoa de seu túmulo, senti a compaixão e a emoção que sentia ao se lembrar da situação idêntica em que estava quando foi resgatada. Ela chorou e eu também. Dentro da cova estava uma pessoa que como ela ficou anos presa ao seus restos..senti o desespero, tristeza, abandono e muito frio...solucei no momento em que ela era puxada de sua cova por Seu Tranca Ruas e Dona Maria Molambo. Senti a mudança do frio extremo, (frio do coração, da alma dela, da solidão, do corpo) para o aconchego dos Exus. Vou transcrever o que ela me ditou:
“Cravo é flor de morto. Vermelho é a cor que ilumina a escuridão. A única cor que ilumina os perdidos. Não venho condenar. Venho acolher e resgatar. No cemitério, ofereço minha capa e luz para dar luz aos que desistiram. Luz e proteção aos que querem se levantar. São os ossos dos perdidos que carrego comigo, para que se lembrem de como eram quando os resgatei. Cada um deles deixa comigo um pedaço do seu esqueleto na promessa de juntos trabalharmos em prol de outros. Suas dores são minhas dores, porque já estive subjugada pela dor. Sei o que é estar em desespero e só. Carrego os ossos para me lembrar da dor.”
A visão que tive foi emocionante. Ali, onde ela mesma sofreu por anos sozinha, presa aos seus restos mortais, agora resgatava outros, em situação semelhante. Para se ter uma vaga idéia do que senti, podem-se imaginar paralelos. Sentir seus ossos congelarem de frio e encontrar o calor de uma lareira, ou quando se encontra uma mão amiga quando já se sentia que ninguém mais no mundo se importaria com você ou como quando estamos tão carentes, sem amor e recebemos um colo de Preto Velho. Colo de Pombagira! Colo de amor, carinho e calor irrestritos. Quando nada mais no mundo existe, quando se está à beira da loucura da solidão. E essa foi a lição mais preciosa que recebi. Lembrei da luz que vi anos atrás de Dona Ana Rosa e o amor incondicional que senti de Dona Sete Caveiras linda e amorosa que, graças a Deus, cuida de mim. Refleti sobre esse amor. Refleti sobre a ingenuidade que tive em achar que era eu que infligia cuidado e delicadeza às suas palavras para os consulentes. Refleti sobre o quanto sabemos pouco destas entidades maravilhosas e que talvez eles assim o queiram. Dizem que são as entidades mais próximas de nós encarnados. Sinto-me há anos- luz de Dona 7 Caveiras! A respeito e a amo demais e sei que quando chegar a minha hora de passar para o outro plano, é ela que quero encontrar, pois sei que encontrarei em seus braços o amor e o calor que precisarei pra continuar minha caminhada!
E esta amorosa pombagira me disse, com aquele jeitinho todo cuidadoso, sem querer me magoar por me dizer o óbvio quando lhe perguntei o porquê das 7 cruzes em seu ponto riscado:
-- Minha filha, o que é que tem embaixo de 7 cruzes?
-- É minha mãe, tem 7 caveiras...
E lá se foi ela, cuidar de suas caveiras e de todos nós. Podia ouvir em minha alma o tilintar dos ossinhos amarrados em sua saia e seu cândido ponto que nos ensina que se pode ser forte e amar. Amar demais!
Crec, crec, crec, são as caveiras da Dona Sete (2x)
Numa mão traz seu tridente e na outra uma flor.
No tridente sua força e no cravo seu amor.
Crec, crec, crec, são as caveiras da Dona Sete (2x)

quarta-feira, 25 de março de 2015

Pomba Gira Maria Pimenta







Pomba Gira Maria pimenta 

Esta pomba gira geralmente vem na falange de Maria Padilha e da Malandragem , assim como a pimenta  sua ferramenta de trabalho é bem apimentada , lida com o poder da discórdia como ninguém é totalmente alegre e consegue  tirar qualquer pessoa do serio em segundos, lida com facilidade em trabalhos de brigas e grandes confusões geralmente quem carrega essa pomba gira e  a deve atrai muitas brigas e discórdias e tem poucos amigos, gosta de bebidas fortes , gosta de bebidas misturadas e carregadas de pimenta admira vermelho e amarelo , pomba gira nova desencarnou a poucas décadas adora rosas vermelhas no cabelo .

Quando se deve essa pomba gira ela atrai muito seu cavalo para bares e bebidas e confusões .

Quando a pomba gira é tratada seus cavalos tem sorte no amor e na parte financeira .

 Pomba gira geralmente escrava de nanã e oxum e oya .

Pomba Gira Sete Cobras



POMBA GIRA DAS 7 COBRAS

Pomba gira rara, vista apenas em sessões de magia negra e catimbó, muito perigosa e extremamente pontual , se com ela for feito um acordo logo será cumprido e cobrado  , tem uma beleza hipnotizadora seu alhar é tremulo ,  e sombrio , é uma pomba gira de palavra e para ela só a palavra basta  , suas magias são difíceis de serem desfeitas sua ferramenta são sete chocalhos de cobra e suas vestes são escuras de cores fortes verdes , pretas  e corais , sua gargalhada e baixa e junto com o barulho de cobra , não é de virar , quando vira é para trabalho, e logo se vai , essa pomba gira não é de brincadeira , suas atividades são voltadas a feitiçaria , magia negra , e suas ferramentas de trabalho são perigosas .

Sua falange pertence aos espíritos da mata
Trabalhos : separações , traições , amarrações , defesa dos inimigos, encantos .

terça-feira, 24 de março de 2015

A HISTÓRIA DE RUBIA, A POMBA GIRA ROSA VERMELHA





A tarde caia lentamente. Assustada, Rubia apertou o passo quando percebeu que um homem a seguia. Era Felinto, o bêbado da cidade. Tentou entrar por ruelas estreitas para despistar seu perseguidor. No entanto, ele continuava caminhando, a poucos passos dela.
 
Rubia lançava olhares para todas as direções tentando encontrar alguém que a pudesse ajudar, mas era vão. A cidade estava deserta. Nem os moleques que costumavam correr por ali todas as tardes se faziam presentes nesse dia.
Já tinha ouvido falar das grandes bebedeiras daquele homem, porém nunca soube que ele houvesse feito mal a alguém. Mesmo assim, a respiração pesada que ouvia, vinda dele, a cada passo que dava, deixava-a apavorada e insegura quanto ao motivo daquela perseguição.


Nunca saia sozinha. Aos dezessete anos, era uma moça de rara beleza e seus irmãos mais velhos nunca permitiam que fosse às ruas sem ter, ao menos um deles, como acompanhante. Nessa tarde escapara da vigilância cerrada e fora ao campo respirar um pouco de ar puro. Ao retornar, satisfeita por ter fugido um pouco da rotina, percebera os passos de Felinto e seu coração gelou. Havia algo de muito errado naquela atitude. Agora já estava correndo. Ele corria também. As mãos fortes do homem agarraram-na e uma delas imediatamente cobriu-lhe a boca.
A mão livre corria pelo seu corpo. Ela já não tinha dúvida quanto ao interesse que despertara. Freneticamente tenta se livrar, mas ele é muito forte. Uma dor aguda anuncia que chegara ao fim. Aquele infeliz tomara sua virgindade à força. 


Com os olhos nublados
pelo ódio vê o homem levantar-se com um sorriso cínico dirigido a ela. Num relance, percebe, perto de si, uma grande pedra pontiaguda. Com rapidez se ergue já com a pedra na mão. Felinto está de costas, absorvido na tarefa de fechar a calça. Sem titubear, ela atinge sua cabeça com um golpe certeiro. Surpreso, o homem se vira. O sangue corre pelo seu rosto. Tomado de ódio e dor, agarra Rubia novamente e aperta-lhe o pescoço com extrema violência. Caem ambos por terra. A moça ainda vê a morte passar pelos olhos do homem, antes de também exalar o último suspiro.


O caminhar do espírito de Rubia, por vales sombrios, foi longo e doloroso. De outras encarnações trazia pesada carga. O assassinato de Felinto só fez aumentar, seu período de sofrimento em busca de conhecimento e luz. 


Hoje, em nossos terreiros, se chama Rosa Vermelha, a pomba-gira dos grandes amores. Discreta e bela, sua incorporação encanta a todos que a conhecem.

Laroiê Rubia! Laroyê divina moça! Salve a tua banda, salve a tua força!

segunda-feira, 16 de março de 2015

Pomba Gira Rosa Negra.

A Pomba Gira Rosa Negra pertence à falange de Dona Rosa Caveira. Contou-me que sua última encarnação foi uma escrava em uma fazenda na Bahia. Adotou o nome Rosa por pertencer à falange de Rosa Caveira, e Negra, devido a sua última encarnação, como escrava, numa alusão à sua pele.
Existem muitas Pomba Giras Guardiãs, que se presentam como mulheres negras.
Como bela negra que era, sofreu muito com os abusos sexuais por parte de seu senhor e feitores. Para vingar-se, utilizava a magia negra contra o seus agressores. Morreu aos 28 anos, vítima de doença venérea. O desencarne, aliviou o sofrimento da carne, mas não o da alma.
Dona Rosa Negra hoje, arrependida, dos males que causou com seus feitiços, trabalha para sua evolução como Pombagira na Falange de Dona Rosa Caveira. Não se interessa muito pelos romances, atua nos casos de proteção contra contra magos negros. Não recebe oferendas, pois age somente com o mando e permissão de Dona Rosa Caveira. Dona Rosa Negra se encontra hoje em paz, buscando evoluir cada vez mais.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Oração poderosa à Maria Padilha – chamar alguém, amor

Oração poderosa à Maria Padilha
Oração poderosa à Maria Padilha – chamar alguém, amor – Oração forte para chamar alguém – Lembrando apenas : para as simpatias darem certo, também é necessário que seja para os dois. Somente assim, as pessoas envolvidas podem ser felizes.
Salve Pomba Gira Maria Padilha das sete encruzilhadas! Atrás de mim você (colocar as inicias dele ou dela), vai vir de rastros, apaixonado e manso. Salve Pomba Gira Maria Padilha Rainha das sete encruzilhadas! Dizendo assim: conheço a tua força e o teu poder, te peço que me atenda o seguinte pedido:
Que (colocar as inicias dele ou dela) não coma e não durma, não beba, não trabalhe, não consiga se divertir, que ele fique triste, deprimido e só pensando em mim, se não estiver ao meulado. Que seu corpo queime de desejo e tesão por mim. (colocar as inicias dele ou dela) que seu desejo por mim o deixe cego para outras mulheres. Que nenhum outra consiga fazer com que sinta prazer, somente eu terei esse poder.
Que (colocar as inicias dele ou dela) deixe de vez todas as outras mulheres que tiver na rua, e em casa tome ódio e raiva delas e não procure mais nenhuma outra que não seja eu. Que (colocar as inicias dele ou dela) me procure a todo instante, hoje, agora, desejando estar ao meu lado. E que me tenha em seus pensamentos o tempo todo. Agora com quem estiver, onde estiver ele (colocar as inicias dele ou dela) irá parar, porque o seu pensamento está em mim, ele irá ficar louco de desejo, tesão e ficará muito excitado ao pensar em mim.
Neste momento, peço a ti, minha Rainha Maria Padilha das sete encruzilhadas, que faça (colocar as inicias dele ou dela), ficar louco de paixão, desejo, tesão e muito excitado por mim. Ele ficará louco de vontade de estar comigo, de me abraçar, me beijar e fazer amor loucamente comigo. E ao deitar, ao acordar, tenha sonhos eróticos comigo, fazendo assim com que se apaixone cada vez mais por mim.
Peço ajuda a ti, minha Rainha Maria Padilha das sete encruzilhadas, que faça (colocar as inicias dele ou dela) me achar linda, me achar gostosa e achar o meu corpo lindo e fique louco por mim, sinta muitos ciúmes também. Que (colocar as inicias dele ou dela) sinta prazer somente por ouvir minha voz. Faça ele sentir por mim um desejo fora do normal, como nunca sentiu por outra e nunca sentirá.
Peço a ti, minha Rainha Maria Padilha das sete encruzilhadas, que me torne uma mulher muito boa de cama, fogosa, atraente, sedutora, sexy. Me dê o poder de conquistar a todos os homens que eu quiser, e que eu leve (colocar as inicias dele ou dela) à loucura, quando estivermos fazendo amor, que ele goze várias vezes e que só de se encostar em mim ele fique louco de tanto desejo e excitação.
Que nós dois possamos fazer amor loucamente, como ele nunca fez com nenhuma outra mulher, que a gente sempre consiga gozar juntos e seja uma explosão de tanto amor, desejo e tesão. Agradeço a você, por estar junto de todos os outros trabalhando a meu favor. Vou divulgar seu nome em troca deste pedido, de trazer (colocar as inicias dele ou dela), muito apaixonado, carinhoso, fiel, romântico e amável comigo.
Obrigado minha Rainha Maria Padilha das sete encruzilhadas, confio em teus poderes e quero que estejas sempre junto de mim, me tornando uma mulher muito linda, jovem, delicada, amada, soberana e querida por todos, como ti. Peço que abra meus caminhos e ajude-me a conseguir tudo que eu quero, principalmente o aor de (colocar as inicias dele ou dela), com urgência e rapidez.
Muito obrigada por tudo. Seja minha guardiã todos os
momentos. E me ajude financeiramente tbm.
Depois terá que divulgar em 7 altares diferentes! Significa, sites diferentes, procure no buscador de preferência.
Não é necessário ficar postando 7 vezes no mesmo lugar, apenas uma vez está de bom tamanho!!!
Simpatias infalíveis, simpatias poderosas, orações
poderosas, rezas fortes, chás para emagrecimento,
florais de Bach, esoterismo, OVNIs, UFOs, Figuras
Lendárias e Místicas, muitos vídeos de deixar de
queixo caido.

Pomba Gira 7 saias

Pomba Gira 7 saias – Entidade mística, que com suas 7 saias, seu colar com 7 voltas, trabalha no mundo espiritual, quando convidada para esse fim. Pode ser sua grande aliada nas questões que envolvem o amor, dinheiro, trabalho, saúde. Laróiè pomba gira, laróiè 7 saias. (pronuncia-se laroiê)
pomba gira 7 saias
pomba gira 7 saias
Laróiè, 7 saias, salve sua força! Pomba gira 7 saias é uma mulher que não é de brincadeira, aceita brincadeira na hora certa, quando está trabalhando é muito séria, transmitindo muita segurança, faz suas mandingas com seus colares, que são vários, de preferência que dão sete voltas, gosta de muitas pulseiras, de beber champanhe na taça, gosta de seu fumo, não manda recado.
O que tem que ser dito é dito na hora, não deixa pra depois, se quer saber a verdade pergunte a Pomba gira 7 saias, caso contrário não diga nada pois poderá ouvir o que não quer ou o que não deseja. Com ela não existe meio termo ou é, ou não é. O que ela faz e promete ela cumpre, mas se vacilar ela dá o troco, nunca leve na brincadeira o que ela diz, e cuidado com o que pede. Laróiè 7 saias, Laróiè! Salve 7 saias!
Te peço, 7 saias, que me ajude a abrir todos os meus caminhos na vida amorosa, que nunca me falte dinheiro, me ajude no meu trabalho, no meu emprego, melhora meu salário, me ajuda a ter minha casa própria, me ajuda a ter uma vida feliz, saudável, com muita fartura, riqueza, felicidade, alegria, amor. Me ajuda a ter um marido maravilhoso que me ame muito e que eu o ame também, que seja meu amigo, amante, parceiro, que me dê tudo que eu vier a precisar.
Laróiè 7 saias, eu  quero um homem na minha vida, que seja meu marido, meu companheiro, que me acompanhe nos lugares onde eu mais gosto de estar, que seja meu parceiro, que esteja sempre ao meu lado, cuidando de mim, e me dando tudo o que eu preciso. Salve 7 saias. Laróiè, destrói toda magia, macumba, feitiçaria, encantos, mandingas, que lançaram na minha vida! Salve 7 saias, Laróiè, abre todos os meus caminhos financeiros! Laróiè, me traga riqueza, fortuna, felicidade, alegria,  amor e saúde. Amém!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Firmeza da Tronqueira

Muitos são os que chegam a um templo de Umbanda e se melindram, se assustam com as firmezas existentes na porta.
Aquelas casinhas, conhecidas como tronqueiras, que tem como finalidade o assentamento das forças dos nossos Exus e Pomba Giras.
A tronqueira é um recurso maravilhoso, colocado pelo astral em prol dos templos de Umbanda, que recebem os assistidos, na sua grande maioria, com seres trevosos à atormentá-los.
Este recurso é no templo, um ponto de força onde está firmado (ativado) o poder dos guardiões que militam em dimensões à nossa esquerda.
O ponto de força funciona como pára-raios, é um portal que impede as forças hostis se servirem do ambiente religioso de forma deturpada.
No astral, os Exus e Pomba Giras, utilizam-se dos elementos dispostos na tronqueira para beneficiar os trabalhos que são realizados dentro do templo.
Com estes elementos, estes abnegados servidores da luz, anulam forças negativas, recolhem e encaminham seres trevosos, abrem caminhos, protegem, etc...
Dentro de uma tronqueira encontramos vários tipos de ferramentas (instrumentos mágicos), como tridentes, punhais, pedras, ervas, velas, bebidas, etc... 
Cada instrumento com sua finalidade específica e tanto os Exus quanto as Pomba Giras ativam seus mistérios nestes elementos com a finalidade de realizarem seus trabalhos espirituais.
É importante que os médiuns e os assistidos saibam da importância de uma tronqueira e que todos saibam que este ponto de força está sobre as ordens da Lei Maior.
Quando alguém deturpa este ponto de força, usando-o de forma negativa, este se torna um portal negativo.
Este tipo de procedimento não é da Umbanda e sim de seitas que muitas vezes se utilizam do nome de nossa religião.
Devemos saudá-los, de forma respeitosa quando adentramos nos templos.
Qualquer um pode se servir do poder desses guardiães, acenda uma vela e peça proteção e auxílio e receberá.
Eles estão a serviço do Bem, da Lei Maior.

Laroyê EXU
EXU é Mojubá

Salve ao Povo de Esquerda da Umbanda.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Dona Sete Catacumba

Esta Pomba-Gira nasceu em 914 e faleceu em 952.

Sete Catacumba era morena, de baixa estatura, olhos e cabelos pretos, tinha rosto incomum, era bonita, mas não dentro dos padrões comuns. Sua missão na terra era destrancar os amores.

A entrega de suas oferendas ocorre nas encruzilhadas e as suas cores são vermelho, preto, roxo e maravilha. Os seus símbolos são: o tridente de sete pontas, navalha e punhal.

Esta Pomba-Gira pertence à nação Ketô. Sua comida predileta é muçum com farofa, além disso, gosta muito de galos rinheiros. A sua bebida predileta é Whisky.

Ela era uma linda cortesã que amarrou o coração de um rei francês que a tornou rainha e depois de alguns anos, ele faleceu.

Devido à tenacidade de seu trono, passou a ser cobiçada por outros reinos o que a levou a se casar novamente. Não demorou muito e ela foi envenenada pelo atual marido que começou a governar da pior maneira possível.

A rainha chegou ao astral perdida no limbo por suas atitudes aqui na terra. Só depois de algum tempo nas trevas, a rainha foi encontrada por seu antigo rei que começou a cuidar dela.

O trabalho deste casal no astral ficou tão conhecido e respeitado que o Exu Belo o nomeou “O Senhor das Encruzilhadas”.

Juntos, passaram a reinar os caminhos das trevas e da luz e com milhares de entidades e fizeram este, o maior reino do astral médio superior: O reino das Sete Encruzilhadas.

Passado algum tempo, o rei que a envenenou veio a falecer, sendo levado ao astral reino das Sete Encruzilhadas. Assustado sem entender nada, foi colocado à frente da rainha a qual ele teve de servir até o resto da eternidade em virtude da falta que cometeu.

É uma entidade calma e tranquila, mas quando chega ao mundo, solta um grito de guerra onde expressa todo o seu poder de vitória.

Pomba Gira Maria Farrapo

Maria era uma pessoa que fazia varios tipos de trabalhos, as vezes até para o mal.
Maria ficou muito conhecida por sua cidade, seu país, pelo mundo; ficou tão conhecida, que todos só procuravam Maria para fazer vários tipos de trabalho, pois ela conhecia muito bem a bruxaria.
De tanto trabalhar Maria acabou muito rica, em seus braços carrega pulseiras de ouro puro e em seu pescoço corrente de ouro com pedras preciosas, porém Maria não tinha tempo de sequer trocar de roupa. E ai está seu tão famoso nome Maria Farrapo.
Sua roupa foi se desgastando até rasgar, mas quem pensa que farrapo é trapo está muito enganado, pois Maria Farrapo é uma das pombas giras mais ricas que existem.

Pomba Gira Maria Farrapo

Parceira direta de dona Maria Molambo e faz parte da mesma hierarquia, ou seja, da mesma falange. Geralmente vem em terra em pontos cantados a Maria Molambo. Isso se da devido a aproximação de ambas.
Sua marca registrada é sua ironia. Direta, clara e objetiva. São Pombas Giras serias, fies e determinadas. São as guardiãs do trono de Maria Mulambo. Trabalham cobrando carma e retorno de demandas.
Quando Mulambo é procura sempre há uma Farrapo ao lado correndo gira. A falta de compreensão faz com que seus médiuns trabalhem como se estivessem bêbados.
É necessário muita sintonia e contato com esta guardiã para poder incorporar sua real e essência.

Características

Bebida:
Finas e caras e fortes.

Fuma:
Cigarros e cigarrilhas

Guia:
Vermelha e
preta

Lugar:
Encruzilhada em T

Metal:
prata

Mineral:
Ônix

Planta:
Rosas, aroeira.

Vela:
Preta e vermelha.

Ponto Riscado:

Farrapo responde nos pontos riscados de suas parceiras.

Maria Molambo
Maria Quitéria

Pontos Cantados:

O ponto cantado é outra maneira do guia nos revelear sua identidade. São musicas, curimbas onde eles cantam contando sobre sua historia ou passagens de suas vidas. Brincam, ensinam e ate advertem através dos pontos cantados. São versos rimados simples e fáceis de cantar. Existem vários e centenas e podem ser utilizados para saudar, louvar, agradecer e ate mesmo invocar o Guia ou espírito.

Maria Farrapo,
no terreiro te chamamos.
Firma teu ponto,
que tua força precisamos.
Vem trabalhar o teu mistério,
aplicar a lei de Umbanda.
Desfazer o mal entendido,
e mostrar quem é que manda.
Da Calunga à Encruzilhada,
do Cruzeiro ao Cabaré
Vem Maria Farrapo,
concedendo seu axé.

PONTO DA FALANGE MARIA FARRAPO

Estou sempre caminhando,
vendo sempre muita dor.
Vejo almas que se perdem,
sem ouvir seu protetor.
Filho de fé,
não escute a voz do mal.
Vence aquele que resiste,
com consciência e moral.
Sou Maria Farrapo,
e minha falange tem poder.
Sou amiga da justiça,
e não me deixo corromper.

PONTO DE SUBIDA DE MARIA FARRAPO

Maria Farrapo vai embora,
levando o mal que aqui havia.
Vai girando mundo afora,
desfazendo a hipocrisia.

Pomba Gira Giramundo

Esta entidade de pomba gira muito rara de se encontrar é trazida pelo exu Giramundo quando este bem incorporado em seu médium, Pomba Gira Giramundo é uma gira muito nobre e tem como fundamento abertura de caminhos para viagens de longa distância.

É para ela que se pede para um amor que esta em outro pais voltar ou não esquecer sua amada.

É para esta entidade de poder que se pede para tudo dar certo em uma viajem onde precisa-se atravessar fronteiras sem problemas.

Ela quando amarra alguém, amarra mesmo!

Portanto pense bem se quiser usar sua magia para amarrar uma pessoa.

Ela gosta de receber suas oferendas perto de aeroportos, rodoviarias, mais seu lugar preferido é nos cais de porto, onde antigamente era seu habitat natural.

"Ela volta do cais amarrando o moço, salve-se seu marinheiro é a gira Giramundo atacando de novo!"

Pontos Cantados

Giro, giro, gira Gira Mundo
Pomba Gira que vence demanda
Rainha da encruza, saravá Umbanda
Ê ê ê saravá Umbanda

Obs: Imagem ilustrativa, não localizei nenhuma imagem ou ponto riscado dela.

POMBA GIRA DAS 7 COBRAS

Pomba gira rara, vista apenas em sessões de magia negra e catimbó, muito perigosa e extremamente pontual, se com ela for
feito um acordo logo será cumprido e cobrado, tem uma beleza hipnotizadora seu alhar é tremulo, e sombrio, é uma pomba gira
de palavra e para ela só a palavra basta, suas magias são difíceis de serem desfeitas sua ferramenta são sete chocalhos de cobra e suas vestes são escuras de cores fortes verdes, pretas e corais, sua gargalhada e baixa e junto com o barulho de cobra, não é de virar, quando vira é para trabalho, e logo se vai, essa pomba gira não é de brincadeira, suas atividades são voltadas a feitiçaria, magia negra, e suas ferramentas de trabalho são perigosas.

Sua falange pertence aos espíritos da mata

Trabalhos: separações, traições, amarrações, defesa dos inimigos, encantos.

Pomba Gira da Estrada.

Camila como era se nome, era uma cartomante que viveu de regalias e amor.

Camila em um dia de sua seção como Cartomante, atendeu um homem velho com aparencia de rico, numa parte do atendimento a Cartomante disse: Você é doente por amor não é?
O velho agarou ela pelo braço e jogou ela na estrada e disse: Doente por você!
Ele foi embora taquilamente. Até que um homem novo com aparencia de pobre, chegou perto de Camila e perguntou: O que aconteceu moça? venha me siga posso te ajudar!
Ela sorriu e foi com o homem estranho. Chegando lá sua mãe perguntou:Filho, Somos pobres não temos dinheiro para sustentar mais uma.
E ela disse: Obrigado, mais vou me retirar.
O homem agarrou o seu braço e disse:Olha moça, aqui não vai dar para ficar mas eu sei de um lugar.
Camila foi com o homem no tal lugar. Chegando lá, a dona do lugar, perguntou: Olha, Olha mais uma de nossas Clientes.
O homem disse: Olha moça eu sei que esse lugar não é apropiado para moradia, mais aqui é mais confortavél.
Camila disse: Claro, mais vou ter que trabalhar aqui?.
O Homem diz: Acho que sim, é o unico jeito de você paga a hospedagem.
Ela agradesse, na quela mesma noite quando o Cabaré ja estava fechado, Camila abriu a janela do seu quarto e respondeu ao luar: Sou Dama fa Estrada, não rainha do Cabaré.
Ela pulou a janela e se foi depois daquele dia ninguém nunca mais viu Camila. Por isso ela ficou com esse nome Dama da Estrada.

Ela da concelhos para quem esta na solidão, e tira pessoas da rua, e também da um melhor emprego para pessoas que trabalha na noite .

Exu Sete Capas da Jurema e Pombagira Rainha das Matas...

Dois caminhos que se cruzaram e formaram uma só história.

Eles viveram no século XV, em meio ao caos da Inquisição e da Perseguição a todos aqueles que professassem uma religião ancestral. Ele era um soldado da Coroa Espanhola e trabalhava a serviço dos Inquisidores Negros. Ela era uma aprendiz da religião da Grande Deusa. Ele viajava muito para capturar os "traidores" da Coroa. Ela morava no norte da Irlanda, onde ainda se preservavam os costumes da religião pagã.
Quando ele passou pelo vilarejo a viu e trocaram olhares. Ela não sabia quem era aquele soldado ou o que ele fazia; muito menos ele desconfiou das suas tradições. Estavam apenas de passagem procurando vestígios da Antiga Religião e cúmplices dos rituais pagãos. Pernoitaram em uma pousada no vilarejo. Ela era a serviçal do local e o serviu durante todo o tempo em que ele esteve hospedado.
Dois dias depois, o regimento seguiu viagem para percorrer todo o território; mas, voltaram em alguns meses. Então, reencontraram-se e dessa vez decidiram estar juntos. Enquanto seu regimento seguiu viagem, ele ficou no Vilarejo por mais duas semanas. Conheceu os familiares dela e assumiram compromisso. Depois retornou à Espanha, para prosseguir com seu trabalho. Todo soldado da Inquisição trabalhava em sigilo, por isso ela não soube o que ele fazia. Os aldeões também guardavam segredo sobre suas práticas por medo de represálias.
Assim, eles assumiram um compromisso que estava entremeado ao destino de cada um... De seis em seis meses ele retornava ao Vilarejo para visitá-la. Marcaram as festividades para o casamento, que se realizaria dentro de um ano, pois ela ainda era menina-moça e ele precisava retornar para terminar alguns compromissos junto a Coroa Espanhola.
No decorrer desse tempo, a Inquisição Italiana assumiu a frente de capturar todos os seguidores da antiga religião e todos os Reinos passaram a servir ao Papado e a Aristocracia Romana. Eles não se viam há mais de três meses e muitas perseguições começaram a ocorrer durante esse período. Foi a época mais negra da história! O vilarejo foi devastado e ela foi levada em frente ao Tribunal da Inquisição Romana. Ele estava lá e a viu... Foi quando cada um soube a verdade sobre o outro.
Ele a procurou na prisão para conversar e ela lhe contou tudo. Ele ficou aflito, pois não sabia o que fazer e que atitude tomar... Tentou interceder por ela e explicou ao Sumo-Pontífice que ela era sua noiva e que nada tinha a ver com aquilo tudo; mas, foi em vão... A sentença já estava decretada: ela seria decapitada como herege.
No dia da execução ele estava lá e quando o algoz ergueu o machado da execução, ele não se conteve: empunhou sua espada e subiu ao palco das condenações. Matou o algoz e cortou as cordas que prendiam sua amada. Porém, tudo foi em vão, porque em poucos minutos a guarda armada já havia cercado todo o tablado. O Bispo que a tudo assistia, insuflou a multidão dizendo: "Vejam: a feiticeira enfeitiçou nosso soldado! Queimem-na..."
Ela foi arrastada à fogueira e ele foi recolhido à masmorra, como traidor. Por ser soldado, não foi executado, mas terminou seus dias na prisão... Ela morreu em meio às chamas no centro da Cidade Romana. Encontraram-se anos depois no Plano Espiritual, para reconstruírem sua jornada juntos. Hoje, eles trabalham na Umbanda Sagrada e servem ao Amor Maior com dedicação e coragem.

Maria Padilha da Figueira

Dizem ser mulher de Tiriri. Muito séria e não gosta de muitas falas, gosta mesmo é de chegar, sentir o ambiente, dar o recado e ir embora. Com o humor alternado, tanto pode estar bem, como pode se irritar e é certeira nas coisas que fala e promete.É muito franca no que fala, e ela faz.

Gosta champagne, anis, gosta de beber melado preferindo as bebidas mais fortes e doces, não podemos esquecer que exu bebe qualquer coisa. Não dá muita importância as jóias, mas gosta usar brincos e principalmente anéis, se assim ela pedir. Fuma cigarros e gosta de rosas, incensos de rosas vermelhas…

Suas cores são o preto, vermelho e roxo, sendo que o preto predomina. Não liga muito para as vestes, mas não dispensa uma saia, pois ela gosta de segurar sua saia e movimenta-la. Em uma de suas passagens foi uma bruxa muito forte nos tempos da inquisição.

Não é de muitos amigos, porém muito fiel e se você pedir com fé, ela atende. Não é de se mostrar muito em jogos de Búzios.Dona Figueira é uma mulher de meia-idade, tem cabelos negros e compridos, adora dançar o tempo todo. Conversa pouco, porém ajuda a muitos e sempre tem uma palavra amiga para todos os que a procuram.

Não é muito de amarrações ou união, gosta mesmo é de resolver o problema, chegando até se mais hostil em determinadas atitudes. Se trata de uma mulher educada, fala baixo e gosta de explicar as coisas como são. Muito carinhosa com as pessoas mais próximas a ela.

As lágrimas desceram lentamente pelo rosto de Giulia no momento em que fechou a porta e olhou para a cama velha com lençóis amarelados. Ali, naquela pocilga, passaria a viver de agora em diante. Antigas lembranças passaram diante de seus olhos. Resquícios de um tempo em que imaginara ser feliz. O casamento com Aprígio parecia ter sido há tanto tempo, e na realidade apenas cinco anos se passaram. O amor enorme que crescia a cada dia nos tempos de noivado, foi aos poucos se transformando em um apagado sentimento sem definição, amizade? Não, nem isso, apenas desamor, acompanhado de uma cruel sensação de mágoa. Dias e noites passados em solidão conseguiram destruir o castelo de sonhos. Quando conheceu Hugo, amigo de seu marido, o mundo pareceu criar novas cores. Ele sim, lhe dava atenção e carinho. Um mês inteiro de amor sem medida, paixão tórrida que arrebatava seu corpo e mente em total loucura descuidada. Aprígio um dia voltara, sem aviso, e os pegara em sua cama. Alucinado pelo ódio, desferiu três tiros sobre o amigo, matando-o instantaneamente. Ela, nua, correu. A lembrança das janelas se abrindo com pessoas apontando sua nudez entre comentários maldosos ainda envergonha. Alguém (quem seria?), jogou um velho vestido sobre ela que pode enfim cobrir-se, mesmo enquanto corria. Conseguira alguns trocados com uma prima que, no entanto, não a queria por perto e foi com esse dinheiro que alugou esse quarto miserável em que agora se encontra. Não há um amigo, um parente ou mesmo conhecido que a aceite e lhe estenda a mão. Sua vida acabou por completo. Na pequena cidade não há quem não a aponte com maldade (um pouco de nojo também). Ninguém entende o que se passou e ninguém quer escutá-la. Mas se nem ela mesma consegue entender e se perdoar, como esperar isso dos outros? Perdida em meio a esses pensamentos, relanceia o olhar pelo aposento e nota, a um canto, um lençol rasgado. É isso! Pega o pano e percebe que o rasgo, se aumentado, será uma grande tira. Lentamente passa a rasgar e amarrar as tiras. A janela é alta e nela prende a ponta do tecido, a outra ponta é enrolada no pescoço. Arrasta o pequeno criado-mudo e sobe. Com um pequeno pontapé no móvel, lança-se à morte. Seu espírito totalmente atordoado perambulou por negros caminhos de escuridão profunda. Anos se passaram até que Giulia conseguisse perceber os erros que cometera. Hoje, passadas algumas décadas, ela atende em nossos terreiros com o nome de Pomba-Gira Figueira. Tornou-se mais uma trabalhadora dessa grande falange que, apesar de ser pouco conhecida, sempre é lembrada em nossas trunqueiras.
Sobre a entidade.
As Pombas-Giras que atuam como Pombas-Giras da Figueira são espíritos femininos que viveram encarnações como sacerdotisas ou seguidoras dos antigos cultos pagãos em que se cultuava a Deusa ou a Grande Mãe.
Naturalmente, muitos desses espíritos se converteram à nova fé professada e institucionalizada como única e verdadeira em que a figura Divina fora substituída pela figura masculina.
Entretanto, muitas vezes isso aconteceu por causa do derrame de sangue nas mais terríveis torturas. E as mulheres convictas em suas crenças eram fortes o suficiente para bancarem o custo da sua fé, pois eram mandadas à fogueira, estas com madeira da árvore Mãe dos figos, a Figueira, devido à parábola bíblica em que Jesus condena a figueira que não deu frutos. Numa interpretação simplista, o povo ligou a algo amaldiçoado por si só.
Os espíritos que trabalham como pomba-gira atuam na vibração da figueira e têm em comum as experiências como as sacerdotisas, feiticeiras e curandeiras. Sempre os conflitos religiosos estavam presentes e os usavam para ajudar aqueles que as procuravam.
Elas são mestres nas artes magísticas e têm ocupado papel crescente através de ritos, práticas e ensinamentos. Seus pedidos atendem amor, saúde e prosperidade em todos os sentidos da vida.

Pontos:

Foi numa estrada velha na subida de um serra, numa noite de luar, de luar,
Pomba Gira da Figueira, moça bela e faceira da o seu gargalhar
por que, ela é mojubá, ela é mojubá, ela é mojubá…

Dona Sete Gargalhadas

Ela vem normalmente na falange de Maria Padilha Juntamente com o exu Sete Gargalhadas comanda a Legião (ou Povo) da “Encruzilhada do Espaço”.

DONA SETE GARGALHADAS é uma guardiã alegre (estará sempre rindo, mesmo quando seus pensamentos não forem “simpáticos”), mas sabe ser séria nos momentos certos, e de palavra – o que promete cumpre, desde que a pessoa seja merecedora, porém sabe tirar se a mesma não for humilde para reconhecer a ajuda e agradecer. A maioria dos médiuns que trabalham com esta bombogira diz que ela se “estressa” com facilidade, pois não gosta quando não vê seriedade nos trabalhos, tanto por parte dos médiuns como por parte dos assistentes.

Esta pomba gira trabalha nas linhas de Oxóssi e Iansã e, em muitos casos, seus aparelhos são filhos de Oxóssi. Costuma ser escrachada ao falar: fala o que acha, não faz rodeios, doa a quem doer.

Como muitas Padilhas, gosta do luxo. Suas roupas, na maior parte das vezes, são de “pano da costa”. Seus trabalhos e oferendas, geralmente, são ofertados em encruzilhadas de espaços abertos – podendo mudar de acordo com o pedido da entidade. Gostam de bebidas doces e, em alguns casos, pode pedir cachaça ou meladinha (cachaça com mel); DONA SETE GARGALHADAS costuma ter ligação/afinidade com a malandragem.

REINO DAS ENCRUZILHADAS: chefiado pelo exu Rei das Sete Encruzilhadas e pela pomba gira Rainha das Sete Encruzilhadas. Governa todas as passagens dos exus que ali trabalham. Sua função principal é abrir os caminhos para os outros guias chegarem e também para os filhos e outros espíritos.

Divide-se em Legiões ou Povos, dentre eles LEGIÃO OU POVO DA “ENCRUZILHADA DO ESPAÇO” (espaços abertos), o qual é chefiado pelo exu Sete Gargalhadas e pomba gira Sete Gargalhadas.

Pomba gira Maria Quitéria

Com seus Mistérios, palavras Sinceras jeito e gestos cínico e
sarcástico encantam a todos.

Pois até hoje não existiu uma palavra dita por ela que não tenha sido Verdadeira.

Tem um Doce Perfume e Aparece como e quando ela Quer, enfeita meus Caminhos e fez de mim um Grande Aprendiz.

Mulher sem meias palavras, debochada, feiticeira, amiga daqueles que lhe são fiéis e vingativa. Maria Quitéria é assim, faz parte de sua essência, quem não gosta melhor nem procurá-la, ela é o que é e não vai mudar, mas se precisar dela ela te ajuda !

Rainha soberana das encruzilhadas , não há quem não passe por uma, não há riquezas e tristezas que não fiquem nela. E não há caminhos a onde as encruzilhadas não levem.

Não importa o que faça, não vai conseguir agradar a todo mundo.
Então passe a agradar a si mesmo.
Fazendo isso quem realmente curte sua felicidade, vai curtir junto e
quem critica? Bom! Esses você agora mesmo já pode colocá-los em seu devido lugar, que é nada mais e nada menos do que o completo “NADA" e longe de você.
E quem não gostar que se contente, não somos todos iguais.
Muita coisa nos desfere, mais a maior delas são as escolhas, uns
escolhem as melhorias e coisas boas da vida e o que é grandioso e
outros ao pequeno e mesquinho.

A escolha é sua!

As sombras da ignorância e da maldade, nunca atravessam a luz dos guardiões.

Esta pomba-gira de fé é da mesma banda de Maria Padilha, é uma
entidade muito forte que comanda uma falange muito grande de
mulheres.

Pomba Gira Maria Navalhada é sua subordinada. Ela
acompanha sete exus e se apresenta sempre quando bem incorporada como uma mulher forte e sem rodeios, ao contrário do que muitos pensam estas entidades apesar de serem muito sensuais, não costumam se insinuar a ninguém, a sensualidade faz parte da sua maneira de viver e é assim que elas se aproximam dos seus filhos de fé! Maria Quitéria aceita seus pedidos e oferendas nas encruzilhadas e cruzeiros toma champanhe em taça, gosta de cigarrilhas longas, bijuterias, perfumes, velas vermelhas e toalha vermelha e preta.

Suas oferendas tem que sempre estarem impecáveis, assim é esta
exigente entidade.
A força energética de Maria Quitéria tem maior intensidade em
trabalhos a serem executados com as Almas principalmente em
Cemitérios e Montes, sendo quase sempre mensageira de Orixás como Iansã, Obá, e as vezes Ogum.

A Sedutora do Reino da Magia!

Essa pomba gira nasceu em 1624 no Reino de Portugal, em Lisboa. Como toda portuguesa, ela recebeu o primeiro nome de Maria e o segundo nome de Quitéria, em homenagem a Santa portuguesa. Ela foi criada por sua avó materna, pois sua mãe era viúva e enamorou-se do imediato de um navio mercante, seguindo com ele em viagem. Sua avó sabia a arte da cura pelo benzimento e pelas ervas e lhe passou todo esse conhecimento. Ela também recebeu o conhecimento ancestral do Povo Rom, da linhagem cigana, por parte de seu avô materno.

Assim, Maria cresceu, tornou-se uma moça bela e instruída nas artes do ocultismo. Quando ela completou 17 anos sua avó faleceu de complicações diversas recorrentes de problemas respiratórios. Então, Maria decidiu vender o que restou na casa e seguiu viagem para a Terra Nova, Brasil. Ao chegar ao Rio de Janeiro, descobriu que as coisas não seriam tão fáceis como ela pensou. Conseguiu emprego em uma estalagem, como arrumadeira, cozinheira e serviçal. Trabalhou um ano até conhecer seu futuro marido (José), que a tirou do trabalho e a levou para morar com ele no interior de Minas Gerais.
Com 19 anos Maria teve seu primeiro filho na fazenda onde seu esposo trabalhava como capataz. Maria era uma moça prendada e sabia cuidar da casa e do marido com muito carinho e isso despertou olhares cobiçosos de outros jagunços da fazenda. Passaram dois anos de harmonia e paz, até que um dia José chegou em casa e encontrou Maria desacordada nos braços de outro. Ele não pensou duas vezes, matou-a com 7 tiros e atirou contra seu companheiro que fugiu porta afora. A criança foi entregue aos cuidados de uma família da fazenda.
José viveu muitos anos infeliz e sem ninguém. Queria muito saber
porque Maria fizera aquilo com ele. Maria vagou após sua morte por
muitos anos... Um dia, passava José por uma mercearia a caminho da fazenda e parou pra beber uns tragos. Enquanto bebia viu que chegou um homem conhecido. José reconheceu o farsante que desgraçou sua vida e foi pra cima dele, ameaçando-o. Estava para puxar o gatilho quando o homem pediu misericórdia em troca de dizer-lhe a verdade.
José esperou e o jagunço contou a seguinte história: "Ele procurou
Maria algumas vezes pedindo ajuda para sua mãe que não passava bem.

Então, Maria lhe preparou uma garrafada com várias ervas e lhe
instruiu como tratar de sua mãe. Mas, alertou-o que o remédio causava um forte sono e por isso devia ser tomado somente a noite. No dia da tragédia ele pediu ajuda a Maria novamente, dessa vez dizendo que ele não se sentia bem.
Maria serviu o chá aos dois e tomou-o para acompanhá-lo, mas não
percebeu que o jagunço havia acrescentado ao chá o preparado. Ela sentiu diferença no gosto, mas não levou em consideração. Quando ela sentiu sonolência, pediu ao jagunço licença, ele saiu e ela foi se deitar. Ele esperou até que ela dormisse e foi ter com ela... Maria até que começou a acordar, mas ele trancou sua respiração e ela desmaiou. Então, ele aproveitou fazer o que desejava... Foi quando José chegou e ocorreu o fato."
José ao ouvir essa história ficou desconsolado. Então, sua Maria era
inocente! José não pensou duas vezes, levou o jagunço pra fora do
armazém e lhe deu três tiros na cabeça. Depois desse crime, José
evadiu-se de Minas Gerais e nunca mais foi visto. Maria, por sua vez, foi recolhida ao plano espiritual e pode enfim descansar. Após o
tratamento e o refazimento, Maria passou a trabalhar na Linha das
Almas, na Falange "Maria Quitéria". Maria sempre gostou da história
de Santa Quitéria, porque assim como a sua, era uma história de dor, desejo e traição. 

Pomba Gira Rosa Vermelha

Em um dia, em pleno entardecer. Rubia, receosa apressou o passo ao perceber que estava sendo seguida pelo bêbado da cidade. Entrou em ruas, mudou o percurso para despista lo, mas não adiantava ele ainda a segui e cada vez mais rápido. Por incrível que pareça a cidade estava deserta, e ninguém poderia ajuda lá.
Não conhecia a fama de que aquele homem fizesse mal as mulheres, porem que bebia bastante a ponto de não dar conta de fazer mal nem a ele mesmo. Mas isso não lhe tirava o medo e o aperto no coração, mesma a muitos metros de distancia ela podia ouvir sua respiração seca vinda por traz de seus cabelos. Tentava pensar no que levaria aquele home a lhe fazer mal, pois nunca fez nada a ele.
Talvez sua rara beleza, aos dezessete anos chama atenção daquele homem. Nunca tinha saído sozinha antes, sempre andava na companhia de seus irmãos mais velhos. Hoje ao sair às escondidas para tomar um ar, parecia ter sido castigo isso acontecer. Ser seguida pelo bêbado Felinto. Quanto se deu conta já estava correndo, e ele junto. E em dado momento, uma forte mão lhe arranca do chão e com a outra tampa sua boca.
A enorme mão daquele homem corria pelo seu corpo e ela já entendeu todo o motivo da perseguição. Luta e debate se para se livrar mas é em vão, pois é frágil e delicada.
De repente funda profunda dor finca em suas entranhas, sua virgindade estava sendo roubada a força. Com os olhos embasados de tanta lagrima ela consegue ver a sombra dele se levantar e sorrir de seu estado frágil. Quando se vira vê próximo de sua mão uma enorme pedra pontiaguda. Então aproveita enquanto ele esta de costas fechando o zíper e lhe da uma forte bancada na cabeça. Sua face escorre sangue, e ele ainda vivo lhe aperta o pescoço. Ambos caem ao chão. Antes de dar seu ultimo suspiro ela tem o prazer de ver Felinto falecer primeiro.
Passou longos e dolorosos anos vagando por vales escuros e de trevas. Trazia cargas pesadas de outras encarnações. Ter assassinado em seu destino tornava seu peso ainda maior.
Hoje trabalha na falange de Rosa Vermelha.
Todas as Rosas atuam na falange de Dona Rosa Caveira, com exceção de Rosa Vermelha que trabalha em encruzilhadas, cemitérios e Cabarés.
Jas as moças de Rosa Caveira são guardiãs, trabalham na captura de espíritos revoltos. Já Rosa Vermelha é Pomba Gira de charme, encanto, sensualidade e carisma. É especialista em assuntos de amor.
Rosa vermelha e Rosa Caveira seriam uma só, porém com polos e faces distintas. Uma seria o polo negativo enquanto a outra por sua vez positivo. É o equilíbrio das Rosas. Tendo trabalhos parecidos com dona Sete Saias.

Não pertence à falange de Rosa Caveira. Charmosa, sensual e alegres estão sempre dispostas a trabalhar especialmente se o assunto for o amor e o coração.

Algumas qualidades de Rosa Vermelha:

Calunga e encruzilhada.
Raramente Cabaré.

História da Pomba gira Bruxa de Évora

Pomba Gira Bruxa Évora, obedece à todas Yabás (Orixás femininos), uma entidade pouco conhecida e que tem muitos mistérios à sua volta.

Quase não se ouve falar nela. Trabalha com todo tipo de magia e encantamentos para todos os fins, Se apresenta como quer, hora uma senhora, hora uma dama, hora uma moça bonita e faceira... Por trabalhar para todas as Yabás não tem um estereótipo muito definido.

A Bruxa de Évora era moura, criada na Ibéria, falava bem o árabe, o português e o latim. Foi criada por umas velha tia que lhe ensinou as artes mágicas, dando-lhe como talismãs sete moedas de ouro do califa Omir, uma pedra ágata com inscrições árabes e uma chapa de prata com o nome do profeta.

A bruxa árabe era chamada de Moura torta, usava trapos, mas em seu peito brilhava um amuleto de âmbar. Ela lia o Alcorão e escrevia, sabia matemática, e olhando o céu reconhecia as estrelas, lia a sorte nas areias, nas estrelas e fazia feitiços e curas. Conhecia a magia dos seus ancestrais muçulmanos, mas vivendo no século XIII, também sabia a dos celtas.

Voava montada em cães, lobos, camelos, carneiros e em vassouras, mas sempre era vista voando em seu bode preto. O bode sempre
foi um animal de feiticeiros, talvez por ser muito sensual; sugere pactos, feiticeiras, seres parte homem e parte animal, força de grande magia. As bruxas também eram companheiras dos dragões, deram a eles muitos nomes: o terrível, o magnífico, o senhor do mundo, o guardião.

Há muitos espíritos e Deuses companheiros fieis da bruxa de Évora, os principais são: Abalan (príncipe), Abigor (de hierarquia superior), Abrahel (súcubo), Asmodeu (um dos chefes), Adramelech (grande chanceler), Hecate (Deusa), Lúcifer (o maioral), Marbas (presidente), Rowe, (conde), e inúmeros outros. Os gatos são acusados de demônios por serem considerados um animal mágico, parente da lua, pois o gato surge para a vida à noite; da magia de seus olhos é que surgiram as crenças nos seus poderes sobrenaturais, que transportam as almas dos mortos, o gato é um grande amigo das bruxas. A Bruxa Évora tinha um gato preto chamado Lusbel. Apesar de temida, as pessoas buscam os poderes dessa bruxa: seus feitiços, sortilégios, banhos, amarração, conjuros, etc..., com a finalidade de obter cura, proteção e sucesso no amor e na vida.

A poderosa Bruxa de Évora que conquistou e aterrorizou gerações de corações luso-brasileiros por séculos e que possuía um
caderno completamente abarrotado de poções, feitiços, bruxedos, encantamentos, banhos, rezas etc.

Sua fama singrou barreiras cronológicas e físicas e aportou no Brasil com os navegantes portugueses... Sua magia criou raízes
e ramificações se entrelaçando com as religiões ameríndias...

Gosta de champanhe e cigarrilhas.

Laroiê Pomba Gira Bruxa de Évora!

Dona Rosa Caveira

é um mistério só. Pomba gira pouco conhecida, tem reputação de maravilhosa curandeira e aspecto inquietante. Nas imagens populares, ironicamente difíceis de encontrar no Brasil, ela exibe um corpo meio esquelético e meio humano coberto com capa e capucho. Nos meios tradicionais é dito que ela é a “esposa” de Seu João Caveira, exu da “Velha Guarda” do cemitério e Chefe da Linha dos Caveiras, um grupo de servidores fiéis e muito prestativos. Em conversa ao pé do congá, com alguns irmãos de fé que também circulam pelos caminhos de algumas religiões de origem bantu (Kimbanda, Cangerê, Cabula), ouvi que Dona Rosa Caveira é protagonista de inúmeras lendas. Uma delas conta que Rosa nasceu no Oriente.

Sétima filha de uma simples família do campo, desde cedo aprendeu com seus pais as artes da cura, pois eles eram afamados xamãs. Sua falecida avó foi sua primeira guia espiritual. Em sonhos, a querida alma da ancestral instruía e aconselhava a neta. Rosa era uma menina privilegiada.

Aos dezenove anos ela conheceu um xamã muito mais velho. Eles se apaixonaram e casaram. Ela então começou um período muito intenso de atendimento espiritual aos cidadãos de sua vila e arredores. Sua vida transcorreu cheia de méritos e bênçãos. Rosa morreria depois de seu marido, saboreando o prazer de uma existência dedicada os mais necessitados. Outra lenda nos conta o segredo de seu nome… Ao redor da casinha onde sua família morava existia um roseiral selvagem. No final da gravidez, sua mãe não teve tempo de pedir ajuda à parteira local e a menina nasceu ali mesmo. Daí o nome: Rosa. Por que caveira?

Em certas regiões do Oriente, sobretudo na Índia, Tibet e Butão, alguns xamãs e yogues utilizam a caveira humana como um cálice ritual. A caveira, assim utilizada, não está relacionada com magia negra ou qualquer arte malévola. No Budismo Tibetano os Lamas utilizam uma caveira como cálice. Também fazem um pequeno tambor com duas metades de caveira… Na Índia ele é chamado de Damaru e a caveira de Kapala. Quando conheci a lenda de Rosa Caveira, imediatamente percebi a conexão com as tradições yogues e tibetanas. Na minha imaginação eu “vi” a grande mestra sentada numa alta montanha, segurando uma caveira e em profundo estado de meditação. Seria Rosa Caveira tibetana?

Pode ser que a lenda tenha se ocidentalizado e a planta original, que poderia ser o lótus, tenha se transformado em rosa. Neste caso seu nome seria Pema em tibetano. Em sânscrito, seu nome espiritual seria Kapalapadma (Lótus Caveira). Na tradição budista e mágica do Tibet, Mongólia e arredores, existem muitas histórias e lendas com as mesmas características das aqui mencionadas. O fato é que como Pomba Gira brasileira, na gira do dia-a-dia dos terreiros, Rosa Caveira é um pouco diferente de suas irmãs. Ela não se firmou como “mulher da vida” ou errante marginal. Mas se perpetuou como curandeira poderosa e ponte entre os diversos reinos do astral. Uma outra curiosidade circunda esta Pomba Gira. Rosa Caveira trabalha e vibra no cemitério…

Em algumas tradições orientais, as mesmas mencionadas acima, certo grupo de adeptos utiliza o cemitério para trabalhos espirituais de cura e transformação. Eles são chamados de Kapalikas ou portadores da caveira! As mulheres do grupo, além da caveira transportam um tridente. Certa vez eu estava caminhando com um amigo indiano pelas ruas do centro de São Paulo. De repente, diante de uma loja de artigos religiosos, ele literalmente ficou paralisado! Uma grande e vermelha estátua de Pomba Gira estava diante de nós.

Nua, majestosa, segurando um tridente e com uma caveira nos pés. Shivaji, meu amigo indiano, se curvou aos pés da imagem e disse:

“Trishula Kapala Ma! O que você faz aqui?” Trishula Kapala Ma é a Mãe do Tridente e da Caveira, uma representação do feminino sagrado que pode rondar os lugares de cremação. Ela destrói os fantasmas malignos e os demônios, come as ilusões humanas e resgata as almas das mãos dos seres das trevas. Seu aspecto pode ser “terrível”, mas a luz e a bondade emana de seu coração.

Atrás do aspecto funesto de Rosa Caveira com certeza brilha a mesma luz. Nela se encontram o Oriente e o Ocidente, o vermelho e o branco, a vida e a morte. Espero ter a humildade de Shivaji e também sempre me curvar diante do sagrado feminino.

Terrível ou bondoso, que importa?